Presencial Vs. Remoto? As Big Tech Redefinem as Regras do Jogo

A Amazon Web Services é a mais recente gigante tecnológica a exigir o regresso dos seus colaboradores ao escritório, com uma nova política que entra em vigor em janeiro de 2025. Esta decisão segue uma tendência crescente entre as principais empresas tecnológicas que estão a ajustar as suas abordagens ao trabalho remoto e híbrido

Presencial Vs. Remoto? As Big Tech Redefinem as Regras do Jogo

O CEO da Amazon Web Services, Matt Garman, sugeriu que os colaboradores que não queiram cumprir a nova política de trabalho presencial de cinco dias por semana podem procurar emprego noutro local. 

De acordo com a agência Reuters ,durante uma reunião, Garman afirmou que, para inovar de forma eficaz, é necessário estar presente no escritório. A nova política, anunciada por Andy Jassy, CEO da Amazon, será implementada a partir de 2 de janeiro de 2025. Atualmente, os colaboradores da Amazon trabalham três dias no escritório e dois dias remotamente. Garman acredita que a maioria apoia esta mudança.

Várias grandes empresas de tecnologia têm vindo a rever as políticas de trabalho remoto implementadas durante o auge da pandemia de COVID-19. A IBM exigiu mais trabalho presencial no início deste ano. A Salesforce, desde 1 de outubro, exige que determinados colaboradores estejam no escritório quatro a cinco dias por semana. A Dell, por sua vez, está a exigir que os trabalhadores híbridos estejam no escritório 39 dias por trimestre, e os vendedores trabalham presencialmente cinco dias por semana desde setembro, afirmando que os colaboradores remotos não são elegíveis para promoções ou mudanças de função.

A Apple, por sua vez, implementou uma política de trabalho híbrido em setembro de 2022, exigindo que os seus colaboradores estejam no escritório três dias por semana – às segundas, terças e quintas-feiras – enquanto quartas e sextas podem ser trabalhadas remotamente. Tim Cook, CEO da Apple, argumenta que a colaboração presencial é essencial para manter a inovação e a cultura da empresa.

A Zoom é o caso mais intrigante porque só tem para vender soluções de trabalho remoto, também reviu a sua política de trabalho em agosto de 2023. A empresa anunciou que os colaboradores que vivam num raio de 80 quilómetros dos escritórios deveriam voltar ao trabalho presencial pelo menos dois dias por semana. 

Já a Microsoft adota uma abordagem mais flexível. A empresa permite que os seus colaboradores trabalhem até 50% do tempo remotamente sem a necessidade de aprovação especial. Para trabalhar mais de 50% remotamente, é necessário obter autorização das chefias. A política híbrida da Microsoft permite, assim, que as equipas adaptem o modelo de trabalho de acordo com as suas necessidades específicas.

A Google, tal como outras gigantes tecnológicas, introduziu um modelo de trabalho híbrido, exigindo que os colaboradores regressem ao escritório três dias por semana a partir de 2022. A empresa considera que a colaboração em pessoa é crucial para fomentar a inovação. Em 2023, reforçou esta política, lembrando os colaboradores da importância de cumprir os dias de presença obrigatória e monitorizando o regresso ao escritório.

Em Portugal, vários gestores de topo já expressaram informalmente à IT Insight a vontade de reavaliar o trabalho remoto, ou mesmo eliminá-lo totalmente. Em Portugal este rollback pode ser mais difícil em contratações feitas durante e depois do Covid 19 pelo framework laboral mais rígido.

Obviamente que cada empresa, e cada equipa é um caso especifico, assim como a produtividade de cada colaborador em remoto pericial ou total, mas a tendência imposta pelas Big Tech está definitivamente a pesar nas mesas da administração em Portugal.

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