Segundo a ministra do comércio dos Países Baixos, Liesje Schreinemacher, o país não vão aceitar sumariamente novas restrições norte-americanas à exportação de tecnologia de produção de chips da China
A ministra do comércio dos Países Baixos, Liesje Schreinemacher, disse no decorrer de um programa televisivo que o país não vai aceitar sumariamente novas restrições norte-americanas à exportação de tecnologia de produção de chips da China, e que está a consultar aliados europeus e asiáticos. As declarações da ministra surgem dias antes do primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, visitar os EUA para discutir a política de exportação com Biden. Em causa está o contínuo apertar das restrições norte-americanas à exportação para a China no ano passado. É de notar que, em outubro, os EUA implementaram uma série de controlos de exportação que bloqueiam os fabricantes de chips de enviarem chips topo de gama para empresas chinesas. As medidas impactam diretamente a ASML Holding, grande fornecedor de fabricantes de equipamentos de semicondutores. De acordo com a ASML, as regras dos EUA podem ter um impacto de cerca de 5% das vendas do grupo. Segundo a ministra, os EUA têm “preocupações justificadas” sobre a dependência excessiva na Ásia, onde 80% dos semicondutores são produzidos. “Há muito tempo que falamos com os americanos, mas eles inventaram novas regras em outubro, o que muda o campo de jogo”, disse Liesje Schreinemacher. “Portanto, não podemos dizer que têm estado a pressionar-nos há dois anos e agora temos de assinar. E não vamos”. Quando em outubro os EUA adotaram medidas destinadas a dificultar a capacidade da China de produzir chips, disseram, ainda, esperar que a Holanda e o Japão implementassem regras semelhantes em breve. |