O ano fiscal de 2016 arrancou em julho, na Microsoft, e a meta é crescer 10% e acelerar a venda de produtos Cloud, depois do exercício de 2015 ter ficado aquém do ambicionado, apesar do bom desempenho das PMEs e dos Parceiros
No Winning Together deste ano, que voltou a decorrer em Lisboa e no Porto, a Microsoft deu a conhecer aos Parceiros os resultados de 2015 e a estratégia para 2016. No ano fiscal que terminou em junho, o crescimento da Microsoft em Portugal foi de apenas 2%, uma queda acentuada face aos 15% de crescimento de 2014, que João Couto, diretor-geral, atribuiu à queda do BES e aos seus efeitos colaterais em todo o sector bancário. Se nas grandes contas os resultados não foram positivos, na categoria de PMEs e Parceiros sobressaíram, por serem os melhores: um crescimento total de 7% (14% nas PMEs e 6% nas contas médias). Os produtos que mais cresceram foram o Azure (64%), o Office 365 (41%), o CRM Online (110%) e o SQL Premium (12%). “Em Portugal, a Microsoft é líder destacada em Cloud, com uma quota de 50%”, fez questão de destacar. Os resultados positivos no consumo (3%) deveram-se ao posicionamento do Surface Pro 3 como um produto “premium”, segundo o responsável da subsidiária portuguesa, que resultou em melhores margens. João Couto prometeu que, em breve, dentro de alguns meses, a Microsoft comunicará aos Parceiros a solução encontrada para que a comercialização do Surface esteja acessível ao Canal, o que até ao momento não acontece.
Acelerar a adoção da Cloud junto das empresas Dispositivos, Cloud, CRM e BI foram as áreas apontadas como prioritárias para crescer a dois dígitos. “Queremos acelerar a adoção de cloud em Portugal e o Azure”, disse aos Parceiros, em Lisboa. “A Cloud não chega a 10% do mercado, em Portugal”, o que significa que há 90% de mercado para crescer”. Nas contas médias, o Azure cresceu 130%, destacou Ana Maria Lopes, diretora do Negócio de Pequenas e Médias Empresas, Soluções e Parceiros. “Vamos continuar a investir cada vez mais no Azure”, enfatizou, incitando os Parceiros a desenvolver aplicações empresariais sobre a Cloud da Microsoft e a publicá-las no Azure Market Place, que estará online a partir do final de outubro, para alcançarem maior visibilidade. Revelou, ainda, que a penetração do Office 365 no SMB ultrapassou já a Google, tendo 11,9% (vs 11,5%).
Aposta em smartphones premium Até 2020, a Microsoft pretende duplicar a sua faturação com a ajuda dos Parceiros, pretendendo, para tal, tornar-se na marca preferida também dos consumidores, “para o trabalho e a vida digital”, destacou João Couto. Esta ambição explica a nova estratégia da Microsoft para o mercado dos smartphones, que pretende seguir o modelo da Apple e apostar nos dispositivos premium para aumentar a margem. Aos Parceiros, explicou que o Windows 10 enquanto ecossistema único incentivará os developers e permitirá capitalizar a base de clientes empresariais da empresa e que, em Portugal, a quota de mercado é de 16%, estando já instalado em 110 milhões de máquinas no mundo inteiro. |