O inquérito da Gartner, que contou com a participação de mais de 130 líderes de Recursos Humanos, revela que 29% destes líderes estão confiantes nos processos atuais da sua organização e na sua eficácia para ajudarem os trabalhadores a alcançarem o melhor desempenho possível
Não é novidade que a pandemia da Covid-19 veio mudar a forma de trabalhar ao fazer desaparecer em muitos casos as restrições sobre o quando, onde e como deve ser feito o trabalho. De acordo com um estudo da Gartner, apenas 41% dos trabalhadores estão a apresentar um desempenho ideal das suas funções, de forma consistente, dando o seu melhor no trabalho. O inquérito, realizado em março de 2023 e que contou com 139 líderes da área de Recursos Humanos, revelou que quase a totalidade dos inquiridos (96%) afirma ter atingido ou excedido as suas metas de desempenho de funcionários para 2022, mas apenas 58% mostra-se confiante de que pode atingir essas mesmas metas em 2023. “Os líderes de RH estão preocupados com os funcionários que não estão a dar o seu melhor no trabalho, estão a lutar para sustentar os seus esforços, ou ambos, deixando-os preocupados com o desempenho futuro da sua organização”, explica Kayla Velnoskey, Senior Research na área de Recursos Humanos da Gartner. Entre estes dados, a pesquisa permitiu apurar ainda que 29% dos líderes de RH estão confiantes de que os processos atuais da sua organização são eficazes para ajudar os funcionários a alcançar e a manterem o melhor desempenho possível. Outro inquérito realizado pela Gartner em fevereiro deste ano, e que contou com a participação de 2.280 trabalhadores com capacidade de trabalho remoto, revelou que 24% dos funcionários estão a dar o seu melhor no trabalho de forma consistente, mas não estão confiantes sobre se poderão manter-se assim no próximo ano. Nos casos em que os trabalhadores não estão a ter o desempenho ideal contribuem com até 25% menos valor para a organização e têm menos 14% de hipóteses e permanecer na organização. Aos dias de hoje, os departamentos de Recursos Humanos contam com as designadas ‘employee agency’, que permite que os trabalhadores e equipas possam assumir o seu próprio desempenho. De acordo com Kayla Velnoskey, “muitos líderes de RH estão a enfrentar pressão para trazerem de volta as restrições do passado, visto que as organizações temem que esta seja a única outra abordagem para lidar com estes encargos”. Segundo a Gartner, as empresas devem orientar a ‘employee agency’, fornecendo dicas de desempenho relacionadas com caminho, ritmo e progresso.
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