Apesar de perspetivarem uma recessão, os executivos pretendem aumentar os investimentos em IT
Um novo estudo da IDC concluiu que 59% dos executivos seniores acreditam que haverá uma recessão no próximo ano. Mais, quase 30% daqueles acreditam que vai ocorrer uma recessão consideram que já estamos numa recessão e outros 26% preveem uma recessão no segundo semestre de 2022. “Tendo em conta os muitos fatores que contribuem para um crescimento mais lento – inflação persistente, subida das taxas de juro, problemas contínuos da cadeia de valor, uma potencial crise energética na Europa e o conflito na Ucrânia – não é de estranhar que a maioria dos executivos acredite que uma recessão está iminente”, disse Tony Olvet, vice-presidente do grupo em World C-Suite e Canadian Future Enterprise Research na IDC. “Os CEO, em particular, precisam de orientar as suas organizações em períodos de estagnação económica sem perder de vista aos objetivos de crescimento a longo prazo, e, para a grande maioria dos CEO, isso requer uma estratégia digital-first”, completa. Embora a maioria dos executivos de cada uma das regiões geográficas inquiridas tenha sentido que uma recessão é provável nos próximos 12 meses, a resposta mais forte proveio da EMEA, onde quase três quartos dos inquiridos esperam uma recessão no próximo ano. Contudo, uma parte semelhante dos executivos da EMEA acredita que a recessão só começará no primeiro semestre de 2023. Em comparação, quase metade dos inquiridos norte-americanos acreditam que já estamos em recessão, enquanto 44% dos inquiridos da Ásia-Pacífico acreditam que a recessão começará na segunda metade de 2022. Em termos de duração, dois terços dos inquiridos acreditam que a recessão terá uma duração de um ano ou mais. Embora uma grande maioria dos executivos da EMEA e da Ásia/Pacífico acreditem que este será o caso, quase 60% dos executivos da América do Norte acreditam que a recessão pode durar apenas dois ou três quartos. Apesar das expectativas de uma recessão, mais de um terço dos inquiridos prevê um aumento dos seus orçamentos de IT durante este período. Já quase dois terços dos inquiridos da EMEA perspetivam aumentos orçamentais em comparação com cerca de um quarto dos inquiridos na América do Norte e na Ásia-Pacífico. “No ambiente macroeconómico de hoje, há indicadores de crescimento lento e sentimentos de executivos empresariais que expressam preocupação com uma potencial recessão. Ninguém pode prever com confiança o futuro, mas todos podem aprender com o passado”, acrescentou Teodora Siman, gestora de investigação em C-Suite Tech Agenda na IDC. “Já em 2020, vimos organizações que investiram em tecnologia e modelos de negócio digitais a emergir da pandemia à frente dos seus concorrentes. Investir em tecnologia antes de uma recessão económica pode ajudar a desvendar ineficiências nos processos e aumentar a agilidade do negócio, preparando uma organização para lidar com novos riscos no mercado”, conclui. |