Maior desafio do CIO não está relacionado com tecnologia

Os CIO precisam de repensar a forma como se apresentam, uma vez que as organizações estão à procura de profissionais que possam ajudar a moldar o local de trabalho do futuro

Maior desafio do CIO não está relacionado com tecnologia

Muitos são os discursos de consultoras como a Deloitte e a McKinsey sobre a necessidade de os CIO modernos se envolverem e inovarem, uma vez que a fator-chave para o sucesso deste cargo se prende com uma infraestrutura tecnológica sólida, segura e fiável.

Este foco na estabilidade operacional tem sido provado nos últimos 12 meses. Os CIO têm retirado o foco dos projetos pioneiros liderados pela tecnologia para se concentrarem no estabelecimento de serviços na cloud e na manutenção do tempo de paragem da rede.

Os esforços incansáveis dos chefes de IT e das suas equipas significavam que as empresas e os seus colaboradores podiam continuar a trabalhar nas condições extremamente desafiantes do contexto pandémico atual. 

Embora a pandemia continue a testar a economia e a sociedade, há também a esperança de que 2021 venha a marcar o início de uma era pós-COVID, com uma mudança radical na forma como se trabalha.

Para os CIO, esta transição é mais um enorme desafio. As organizações estão à procura de CIO que possam ajudar a moldar o local de trabalho do futuro, sugere a Gartner, sugerindo que os líderes de IT são cada vez mais contratados pela sua inteligência emocional e não apenas pela sua perspicácia técnica.

A pesquisa da Gartner sugere que os CEO querem CIO determinados que tomam decisões oportunas, ao mesmo tempo que demonstram a destreza emocional para serem atenciosos e solidários com os colaboradores.

A Gartner define como são as características num CIO de próxima geração: a determinação refere-se a uma firmeza na resolução e a uma capacidade de transformar decisões em ações; sensibilidade, por outro lado, é a qualidade de sentir empático para com as dificuldades dos outros e agir em conformidade.

Os futuros CIO, em suma, pensarão o negócio em primeiro lugar e a tecnologia em segundo lugar. Concentrar-se-ão nos problemas que a sua organização enfrenta – sejam novas condições de trabalho, novas exigências dos clientes ou modelos de negócio– e depois trabalharão com os seus pares em toda a organização para pensar em como a tecnologia pode ajudar a fornecer uma solução para estes desafios.

Ultrapassar as mudanças digitais e avançar para esta concentração na verdadeira transformação do negócio significa que os líderes tecnológicos terão de assumir uma posição executiva mais pró-ativa. Os CIO terão de trabalhar como conselheiros de confiança, em vez de serem apenas gestores de IT que são mais conhecidos por prestarem serviços fiáveis.

A Gartner acredita que a transparência é a mais admirada competência de liderança de destreza emocional, seguida de comunicação autêntica e colaboração.

Os CIO pioneiros já utilizam técnicas de comunicação para promover o trabalho do departamento de IT e para criar um diálogo bidirecional com o resto do negócio e alguns CIO já criaram newsletters regulares para atualizar o resto do negócio das atividades da sua equipa. 

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