Os Centros de Dados de grande dimensão e centralizados nem sempre são a melhor resposta para lidar com o crescimento da IoT, que exige menor latência. A computação de proximidade é a resposta
Em 2013, os especialistas previram que em 2020 teríamos 30 mil milhões de objetos conetados à Internet, juntamente com 4 mil milhões de pessoas. Os Centros de Dados iriam consumir 3% de toda a eletricidade mundial com um tráfego IP de 9 zettabytes. Avançando rapidamente para os dias de hoje, descobrimos que o objetivo de 30 mil milhões foi largamente ultrapassado para 50 mil milhões nalgumas previsões e os 9 zettabytes, são na realidade 16, estando a caminho dos 20, ou seja, num crescimento exponencial. Este crescimento é proveniente da Internet das Coisas (IoT), pois existem cada vez mais dispositivos conetados. Muitos dos fornecedores de colocation registaram um pico na procura enquanto os Gigantes da Internet precisaram de um escape para ajudar a enfrentar o enorme crescimento exigido pelo seu negócio. 5 megawatts, 10 megawatts de cada vez – em muitos mercados, têm absorvido toda a oferta disponível. Como se vê, os Centros de Dados de grande dimensão e centralizados nem sempre são a melhor resposta para lidar com esse tipo de cenário. De uma perspetiva técnica, a razão resume-se a duas questões fundamentais: a latência e a largura da banda. Se os dispositivos estiverem muito afastados, é introduzida muita latência no processo. E à medida que o número de dispositivos aumenta, o mesmo acontece com a quantidade de largura de banda necessária para suportar toda a transferência de dados. Naturalmente, a IoT não é o único motor destas tendências. Os consumidores também desempenham um papel, já que atualmente é comum cada pessoa ter pelo menos um ou dois dispositivos conectados à Internet, muitas vezes de alta velocidade. A Netflix é um exemplo de como essa arquitetura se desenvolve na prática. Para melhorar a experiência do consumidor e reduzir os seus próprios custos, a Netflix adotou um modelo de entrega de conteúdo em rede. Impele o vídeo do ponto de origem para uma rede de servidores regionais em diferentes países. Lá, é replicado para entrega ao cliente. A estratégia oferece uma experiência muito melhor aos clientes enquanto ajuda a Netflix a reduzir os custos, porque não está a enviar fluxos de vídeo de ponta a ponta em duplicado através da sua rede. Para dimensionar e construir rapidamente todos estes Centros de Dados de proximidade a nível local e regional, os fornecedores de cloud vão procurar acomodar infraestrutura em instalações de colocation já existentes. Mas isso é apenas uma peça do quebra- -cabeças. Empresas de várias áreas querem construir as suas próprias redes IoT e irão precisar de ajuda, não só para recolher os dados de dispositivos distantes, mas para analisá-los no sentido de acrescentarem valor ao negócio. Estas empresas necessitarão dos fornecedores de colocation que se posicionam para resolver as duas peças do quebra-cabeças.
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