Segundo um novo estudo da data61, a IA pode explorar as vulnerabilidades dos hábitos e padrões de decisão de uma pessoa
Um novo estudo realizado por investigadores da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization 's (CSIRO) Data61, em parceria com a Universidade Nacional Australiana e investigadores da Alemanha, revelou que a inteligência artificial (IA) pode influenciar a tomada de decisões humanas. Liderado pelo cientista da CSIRO Amir Dezfouli, o estudo envolveu a realização de três experiências em que os participantes jogavam contra um computador. Os dois primeiros testes foram realizados com participantes que tinham apenas de clicar em caixas de cor vermelha ou azul para ganhar uma moeda falsa. Na terceira experiência, foi dada aos participantes duas opções sobre como investir essa mesma moeda falsa. Os participantes desempenharam o papel do investidor enquanto a IA desempenhou o papel de administrador. À medida que os três jogos prosseguiam, a IA aprendeu os padrões de escolha dos participantes que acabaram por vê-lo guiar os jogadores para escolhas específicas. Por exemplo, no terceiro jogo, a IA estava a aprender a fazer com que os participantes lhe dessem mais dinheiro. Dezfouli acredita que o estudo revelou que a IA pode influenciar a tomada de decisão humana explorando as vulnerabilidades dos hábitos e padrões de um indivíduo. "Embora a investigação fosse teórica, avança a nossa compreensão de como as pessoas fazem escolhas. Este conhecimento é valioso porque nos permite mitigar as nossas vulnerabilidades para que possamos melhor detetar e evitar escolhas imperfeitas como resultado de um potencial uso indevido da IA", explica. Dezfouli acredita ainda que a forma como a futura IA funciona dependerá dos seus criadores, uma vez que "garantir que a IA e a aprendizagem automática são usadas como uma força para o bem- para melhorar os resultados para a sociedade- acabará por se resumir à forma como as instalamos de forma responsável". O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O sistema de deteção foi desenvolvido e treinado usando dados traumáticos de lesões cerebrais da Universidade de Monash para monitorizar a atividade cerebral para convulsões enquanto estas ainda se encontram em "modo de espera" antes de serem reativadas. "Monitorizar a atividade cerebral após a cirurgia é especialmente crítico para a recuperação de um paciente, uma vez que as convulsões podem ocorrer regularmente, levando frequentemente a pacientes que desenvolvem epilepsia", afirma o investigador de Dados da CSIRO, Dr. Umut Guvenc. "As técnicas de monitorização atuais podem monitorizar continuamente a atividade cerebral sem fios, permitindo que o paciente esteja em mobilidade, confortável e socialmente mais ativo", conclui.. |