Impacto da IA na produtividade das empresas permanece aquém das expectativas

O estudo da Gartner revela que o impacto da inteligência artificial na produtividade tem sido desigual, registando ganhos significativos apenas em algumas funções específicas

Impacto da IA na produtividade das empresas permanece aquém das expectativas

De acordo com uma pesquisa da Gartner, muitas empresas estão a enfrentar dificuldades para transformar os seus investimentos em Inteligência Artificial (IA), tanto tradicional como generativa, em melhorias significativas na produtividade dos funcionários, apesar da promessa de que a IA aumentaria a eficiência.

O inquérito da Gartner, realizado entre junho e agosto de 2024 a 724 inquiridos de diversas funções empresariais, revelou que, entre as equipas que recorrem à IA tradicional, 37% indicaram ganhos elevados de produtividade, enquanto as equipas que utilizam IA generativa apresentaram um desempenho ligeiramente inferior, com 34%.

Apesar do entusiasmo em torno da IA, o seu impacto na produtividade tem sido irregular, dando origem ao que alguns chamam de paradoxo da produtividade da IA'”, afirma Randeep Rathindran, Distinguished Vice President, Research na Gartner Finance Practice. “Embora a IA tenha demonstrado potencial para impulsionar a produtividade a nível segmentado, como nos call centers, os benefícios organizacionais mais abrangentes têm sido mais difíceis de alcançar. Por isso, os CFO devem recalibrar as suas expectativas quanto ao impacto real da IA na produtividade e no número de colaboradores”.

Vários fatores contribuem para os ganhos limitados de produtividade da IA. Apesar de a tecnologia conseguir automatizar certas tarefas e fornecer insights valiosos, isso nem sempre se traduz em melhorias significativas a todos os níveis. Além disso, medir esses ganhos pode ser um desafio, e os atrasos na implementação frequentemente retardam a concretização dos benefícios esperados.

A distribuição dos ganhos de produtividade também varia consoante as funções. As equipas de marketing reportam os maiores ganhos com a implementação da IA, enquanto as áreas jurídica e de recursos humanos ficam para trás. Esta disparidade evidencia a importância do contexto e da aplicação específica da IA em diferentes funções.

“As equipas mais bem-sucedidas encaram a IA com abertura para aprender e explorar novos casos de utilização, em vez de recearem a perda de emprego”, acrescenta Rathindran. “Ao redesenhar os fluxos de trabalho para eliminar estrangulamentos e transferir tempo para tarefas de maior valor acrescentado, estas equipas maximizam o potencial da IA e alcançam ganhos de produtividade significativos”.

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