O World Quality Report 2018 da Capgemini revela que a experiência do cliente se transformou pela primeira vez na principal prioridade para a garantia de qualidade pelos profissionais de IT. O estudo sublinha também a importância crescente da automatização e da Inteligência Artificial
Nesta edição do World Quality Report da Capgemini foi auscultada a importância da garantia de qualidade/ testing junto de 1.700 CIOs e de outros profissionais de TI, em 10 setores de atividade, em 32 países diferentes. “Assegurar a satisfação do cliente/utilizador final" tornou-se na principal prioridade (com uma pontuação de 5.85 em 7) para as empresas na área de QA. Imediatamente a seguir está posicionada "a deteção de falhas de software antes do lançamento" (5.81 em 7) e no mesmo patamar, também com uma pontuação de 5.81 em 7, é indicada a necessidade de "aumentar a qualidade do software ou do produto". Com a experiência do cliente no centro de todos os investimentos, as empresas estão a apostar na IA para otimizar a garantia de qualidade. De facto, mais de 45% dos inquiridos afirmaram que já utilizam a automatização inteligente, enquanto 57% revelaram estar a experimentar novas abordagens no testing das aplicações inteligentes, incluindo as tecnologias de inteligência artificial e de aprendizagem automática. Adicionalmente, 59% das empresas referiram estar inclinadas a focar-se na análise preditiva durante o próximo ano, enquanto 54% manifestaram estar mais interessadas na automatização através da robótica. “A garantia de qualidade deixou de ser uma função de back office, para passar a ser uma atividade crítica, que impacta a experiência do cliente e este ano o World Quality Report demonstra que os profissionais de TI estão mais conscientes disto do que nunca. As equipas de TI devem adquirir novas competências rapidamente e familiarizarem-se com as novas tecnologias”, refere Brad Little, Executive Vice President, Global Head of Application Services at Capgemini. O WQR 2018 aponta para o desafio que as empresas enfrentam na aquisição das novas competências de ponta que se impõe neste novo ambiente tecnológico. Mais de um terço dos inquiridos (36%), consideram que há falta de competências para avaliar o impacto da IA sobre os processos de negócio, e 31% sublinham a escassez de recursos e de especialização em áreas como a ciência de dados. O foco na satisfação do utilizador final sublinha a grande relevância de outras prioridades de negócio, tais como a capacidade de resposta (speed-to-market), a competitividade e a inovação, conclui o WQR. Neste contexto, as empresas procuram tratar volumes consideráveis de dados estruturados e não estruturados, dentro dos limites das boas práticas. É igualmente evidente uma mudança de mentalidade, patente na clara progressão registada desde os primeiros esforços empreendidos com as experiências multicanal. “A falta de competências é um grande obstáculo que as empresas terão que superar; trabalhar com IA implica ter equipas de profissionais com um leque de competências diferentes, tais como conhecimentos de algoritmos, otimização matemática e competências de business intelligence. Os departamentos de TI do futuro terão mais cientistas de dados, peritos em testes de IA e estrategas do que antes”, afirma Brad Little. |