O maior estudo independente sobre a fiabilidade dos nossos laptops foi realizado nos Estados Unidos num universo de 58 mil proprietários de laptops com mais de 1 ano. Na verdade, a probabilidade das coisas correrem mal é de 20%. Conheça o ranking por marcas.
O ConsumerReports é uma publicação e website da "Consumers Union of United States", uma organização cujo financiamento é exclusivamente vindo de donativos e da subscrição da revista, e que não aceita publicidade. De alguma forma um modelo seguido em Portugal pela "Proteste-Deco", numa escala obviamente muito maior. Num grande estudo publicado esta semana sobre a fiabilidade dos notebooks, e numa amostragem de 58 mil proprietários domésticos cujos dispositivos foram adquiridos há mais de um ano, a pergunta era simples: “Já teve um problema grave com o seu notebook?” De uma forma geral, é possível ficar a conhecer que neste grande painel de consumidores inquiridos aproximadamente 20 por cento já tiverem problemas graves com o seu notebook num período de três anos, e na sua maioria estes afetaram gravemente os seus sistemas. Não é um dado muito meritório para a indústria de IT, outras indústrias já conseguiram em muito baixar este nível de problemas nos seus produtos, uma vez que não encontramos estes números na indústria automóvel nem na eletrónica de consumo, por exemplo. Todas as marcas são iguais? Nem seria suposto. Os independentes, pequenos OEM de linha branca, têm a maior probabilidade de falhas graves numa percentagem superior a 20% em três anos. A maioria dos grandes vendors, Acer, Asus, Dell, HP e Toshiba, têm uma probabilidade de falha grave nas suas linhas domésticas de 18 a 19 por cento nestes três anos. A Samsung (EUA) e a Gateway têm um melhor report com 16 por cento de falhas reportadas no período. A Apple é a marca mais fiável: apenas dez por cento dos utilizadores afirmaram ter conhecido um grave problema no seu notebook durante os três primeiros anos de utilização. Mas para o consumidor a Apple tem uma desvantagem: é que nos PC Windows a maioria destes problemas ocorrem logo no primeiro ano, que nos Estados Unidos é o período de garantia (na Europa são dois anos para consumidores domésticos), enquanto os Mac parecem conhecer os problemas mais tarde e fora do período de garantia. Neste painel, os utilizadores domésticos de PC Windows reportam uma utilização média do equipamento de 20 horas por semana e nos Apple de 23 horas semanais. Mais uso e menos problemas com os Macintosh? Sim, nada de novo aqui, mas o custo médio dos equipamentos Windows é substancialmente mais baixo. Estatisticamente se poderia afirmar que dois PCs Windows quebrados valem o custo de uma única quebra de um Mac. Até porque, de acordo com este estudo, se tiver problemas num Mac, isso vai provavelmente ocorrer depois da garantia. |