Desafios da recuperação empresarial – Uma visão de IT

No centro desta azáfama, certamente os softwares e hardwares do tecido pessoal e empresarial terão de ser os motores e impulsionadores da mudança em marcha. Não chega olhar de forma monolítica e conservadora para o stack tecnológico empresarial com a mesma sensação de aplicação de tempo e urgência de antes, onde se realizavam projetos com prazos médios de 6 meses a 1 ano. Hoje, todos pensamos em semanas ou mesmo dias para os executar.

Sejam PoC’s, sejam MVP’s, seja o que for, a linha da urgência pende diariamente para colocar aplicações de negócio à disposição de todos, clientes e colaboradores, de forma democrática e massiva, e rápida!

Nestes últimos meses com mais ênfase, as organizações procuram-nos para os ajudar nesse desígnio de construir, adaptar, configurar aplicações de negócio que lhes permitam rapidamente testar conceitos e fluxos de trabalho numa lógica “Build fast - Fail Faster” de forma a tomarem decisões lógicas rapidamente e adequar o seu investimento evitando investir meses (e euros) num desenvolvimento que, no final, não responda aos requisitos do negócio.

Cada cliente é certamente diferente e somos todos iguais ainda assim. Procuramos sobreviver, crescer de forma resiliente, sustentável, ambicionar outros voos, onde o parque tecnológico se deve nortear pela extensibilidade, interoperabilidade, agilidade e mobilidade. Parece simples, certo?

Nesta forma de pensar cada vez mais imediatista, as ferramentas de low-code, self-service BI, assistentes virtuais com inteligência artificial, automação de processos, API’s de conetividade, entre outras, transcendem o tecido empresarial típicos de silos informacionais em torno dos vulgares ERP’s, CRM e outros, promovendo a maior interoperabilidade, abstração e transparência entre os vários sistemas internos, os seus dados gerados e mantidos, e o tecido da tomada de decisão para os problemas imediatos, desde o operador de call center aos decisores de topo, dos hábitos dos fornecedores aos perfis dos seus clientes finais. Esses silos não vão desaparecer, e porque havia isso de ser mau? Porventura aumentarão exponencialmente a sua necessidade e focos temáticos, mas interagindo como se de uma colmeia e seus favos se tratasse, adicionando sinergias como um todo.

Desta feita, a tendência de privilegiar a extensibilidade sem prejuízo da mobilidade de atos, a personalização de fluxos e canais, sem recorrer a desenvolvimentos que fogem do “off- -the-shelf” ou “Vanilla State” será a tendência de investimento das empresas a curto prazo. E o pior não é não ter por onde escolher, é ter tanto por onde escolher, e depois de escolher, garantir que se recolhe o feedback para se decidir e se adaptar rapidamente para o sucesso ou insucesso.

Ter o melhor software do mundo nas nossas mãos e não se garantir a sua real e cabal adoção junto de colaboradores ou clientes é um erro mortal. Se não se utilizar, ou não se utilizar de forma efetiva para todos, qual é o seu sentido ou utilidade?

Serem ligeiros e ágeis a identificar e corrigir ou mesmo parar com o que estiverem a fazer, promovendo o que resulta e traz resultados palpáveis, será a mais recente moeda de valorização e sustentabilidade nos tempos futuros.

As empresas que conseguirem dominar estes aspetos, balanceando o investimento a efetuar com a escolha tecnológica adequada que lhes permitam alavancar a sua estratégia digital, sem medos de errar, serão as que mais rapidamente irão recuperar e voar mais longe.

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Noesis