“O Ecossistema de Empreendedorismo Português e o COVID-19” apresenta uma primeira análise acerca da dimensão do impacto da pandemia nas startups nacionais
A Aliados Consulting, em parceria com a FES Agency, lançou as principais conclusões de um inquérito efetuado a empreendedores, CEO e diretores de startups, com escritórios em Portugal. “Nos últimos anos, as startups e o ecossistema de empreendedorismo têm sido um desígnio nacional e uma aposta forte do governo nacional e dos governos locais. Estas empresas são fontes de inovação e de competitividade, pelo que continuar a apoiá-las neste momento difícil é, não só crucial para a sua sobrevivência, como também para a futura competitividade do país”, sublinha Inês Santos Silva, diretora executiva da Aliados Consulting. “O Ecossistema de Empreendedorismo Português e o COVID-19” apresenta uma primeira análise acerca da dimensão do impacto da pandemia nestas empresas realizada entre os dias 21 e 24 de março de 2020. Nesta análise participaram 78 empreendedores, CEOs e diretores de startups, com escritórios em Portugal e com até 10 colaboradores. Este inquérito revela que 73,1% das startups entrevistadas está a sofrer um impacto negativo com o surto de COVID-19, sendo que para 43,9% as perdas nas vendas são superiores a 60%. A maioria – 62,8% - considera que o valor das suas startups está ainda a ser impactado negativamente. 60,3% dos inquiridos acreditam que a situação pode piorar e 44,9% pondera mesmo ter de encerrar devido a esta crise. Apesar do cenário não ser o mais animador, a grande fatia das startups não está a considerar ainda cortes de salários (70,5%) ou despedimentos (75,6%). Por outro lado, 6,4% das startups afirma que o impacto desta situação de saúde pública está a ser positivo nas vendas, sendo que estas são, na sua maioria, empresas da área da saúde e bem-estar. No entanto, mais de metade da amostra (53,8%) está envolvida na criação de soluções para mitigar o COVID-19. Quando questionados sobre medidas que o governo pode adotar para apoiar as startups na situação atual, os inquiridos focaram, entre outras: layoff simplificado imediato e sem requisitos; critérios de acesso ao financiamento, alinhados com a situação específica das startups; rondas de financiamento - bridge rounds – apoiadas pela Instituição Financeira de Desenvolvimento; incentivos fiscais e de outra natureza para que Capitais de Risco e business angels continuem a investir; aceleração dos pagamentos e reembolsos do financiamento obtido via Portugal2020; isenções fiscais e redução da carga contributiva a curto e médio prazo. “Pretendemos que este relatório sensibilize para os problemas que as startups estão a enfrentar e para possíveis soluções específicas para estas empresas, quer se trate de financiamento de curto prazo ou novas medidas que incentivem business angels e VC’s a continuarem a investir” explica Inês Santos Silva. A Aliados Consulting e a FES Agency pretendem voltar a realizar esta análise em breve, no sentido de acompanhar a evolução destes dados. |