O conceito de Workplace está a mudar rapidamente e de forma irreversível. Mas apesar dos desafios, pode trazer vantagens inesperadas
No final do primeiro semestre de 2020 mais de um milhão de portugueses trabalhavam a partir de casa*, num cenário que obrigou muitas organizações a mudanças significativas – e em tempo record – nos seus sistemas de TI. Se em termos genéricos o processo de transformação digital nas empresas sofreu um avanço avassalador em cerca de três meses, também o conceito de Workplace ganhou, por arrasto, um novo formato. O resultado foi uma espécie de “reset tecnológico”, a partir do qual se assistiu a uma maior uniformização das necessidades digitais das empresas. Esta nova realidade representa um enorme desafio para as organizações e para as pessoas. As vantagens são evidentes à luz das novas necessidades sociais e económicas, embora seja aconselhável cautela e uma boa dose de expertise na hora de desenvolver o novo Workplace. De preferência, escolhendo um parceiro com valências transversais no domínio das TI. É que os novos postos de trabalho significam muito mais do que mudar o local físico para realizar uma atividade permanente… Workplace a várias dimensõesNa realidade, há um bom par de anos que o conceito de Workplace tem vindo a mudar de forma significativa. Ideias como o Bring Your Own device (BYOD), a mobilidade dos colaboradores numa lógica de Anywhere & Anytime e a cloud como centro da gestão e partilha da informação já eram tidos em conta em muitos setups antes deste confinamento à escala global. O que mudou – dada a nova realidade – foi a urgência com que essa mudança teve – e continua a ter – que ser realizada, a par dos novos pressupostos e tecnologias necessários para os endereçar. Os pedidos das empresas aos providers nos últimos meses são disso exemplo: mais largura de banda, storage, acessos, devices, segurança reforçada nos perímetros interno e externo às infraestruturas da organização e adoção de sistemas cloud. A agilidade é também muito procurada pelas organizações, de preferência através de modelos com investimentos controlados, onde a cloud impera. De resto, este é o momento certo para migrar para a cloud. A partir destes cenários abrem-se perspetivas únicas para potenciar a tecnologia no trabalho. Não apenas como apoio aos processos tradicionais – o que já é muito –, mas como forma de reforçar o papel das pessoas nas organizações, dando-lhe mais poder para construírem o seu próprio Workplace. Segundo a Gartner, é o conceito People-centric Smart Spaces a ganhar relevo: por um lado olhando para a forma como as tecnologias podem impactar colaboradores e clientes, através do desenho de cenários online com experiências imersivas; por outro lado criando infraestruturas “smart” que impactem os locais onde as pessoas vivem e trabalham, por meio de soluções de Hyperautomation, Multiexperience, Distributed Cloud ou AI Security, por exemplo. Agarrar as oportunidadesHá assim um novo Workplace a caminho, já designado por pós-pandémico (apesar de a pandemia teimar a fazer-nos companhia!), mas que vai muito além da mudança de local de trabalho ou aposta na mobilidade. Ao reunir um conjunto de tecnologias, métodos de trabalho, dispositivos físicos e uma abordagem centrada nas pessoas, as empresas poderão criar modelos de organização e de trabalho mais ágeis, que permitam uma rápida adaptação do negócio. Em vez de alterações à pressa ou adaptações de circunstância, o novo conceito Workplace permitirá preparar melhor as organizações para cenários adversos, em modo preventivo, assegurando a continuidade da sua atividade de uma forma mais natural. É esta visão de Workplace que está a ganhar grande relevância um pouco por todo o mundo, com especial incidência na Europa. Na Claranet assumimos a ideia de Workplace by design (ao contrário de by default), trabalhando com os melhores Parceiros para ligar o espaço físico, o digital e, claro, as pessoas. A transformação do Workplace deverá assim ter sempre estes fatores em conta, de uma forma inteligente, para que os desafios das mudanças de contexto se transformem rapidamente em oportunidades.
*Dados INE - «Labour Force Survey ad hoc module Working from home», Agosto de 2020
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