Já o sabemos, já o vivemos, sim é o “Novo Normal”. Novos tempos e novos hábitos, mais ou menos forçados, novas dinâmicas de interação, mais ou menos exigidas e exigíveis no dia a dia.
Desde a compra do pão, ao trading de ações, à escolha do livro online, ao diálogo com os assistentes virtuais como se de uma nova pele se tratasse, hábitos adquiridos em tão poucos meses com a nossa nova experiência. 6 meses passaram e o mundo mudou! Acima de tudo, o apelo à inevitabilidade da mobilidade! Mobilidade de tudo: De pessoas, de funções, e dispositivos. Não se trata mais de uma Indústria 4.0, uma banca X.0, um comércio N.0, ninguém está a salvo da mudança se quiser sobreviver. E nada vai ser como era antes, isso é certo. Passámos de uma realidade nas organizações de capacidade instalada, para capacidade total, onde o teletrabalho é uma necessidade e uma tendência, que veio para ficar. Com isto também a necessidade de nos reinventarmos massivamente na forma de comunicar, estar, sentir e partilhar conteúdos. É premente a democratização de tecnologias como 5G e o WIFI-6 de forma a potenciar a troca e a experiência de conteúdos em plataformas colaborativas, onde conceitos de telepresença, hologramas, ambientes de realidade aumentada, mas também a adição de sensorização e capacidade remota e autónoma de equipamentos agirem e interagirem com humanos cada vez mais cibernéticos, marcarão os próximos anos, para não dizer meses. Seja por necessidade, por tendência, por sobrevivência ou medo de ficar para trás, de facto as organizações especialmente focadas em serviços, têm de abandonar, sem reservas e receios, a forma tradicional de abordar os seus clientes, fornecedores e colaboradores. Portanto, existe espaço para criar novas identidades de cultura empresarial que permitam manter, potenciar, alicerçar as operações diárias e a coesão de pessoas e equipas. Sim, são novos hábitos e então? Como qualquer mudança, tem impacto, claro. Gestores e responsáveis têm de pensar fora da caixa, como definir, medir, controlar e apoiar pessoas e ideais construídos durante décadas. Existe risco de perda cultural? Sim. Mas maior risco é perder pessoas e clientes e / ou não ser competitivo e atraente para ambos no futuro, quando todos os outros já estão dentro do “barco” da inovação. Sempre me questionei, porque é necessário, para aprovar uma contratação de um colaborador ou um serviço qualquer, estar em ambiente empresarial e utilizar ferramentas pensadas para uso em escritório, limitando a minha atuação fora desse meio e prejudicando a minha produtividade como colaborador ou como cliente. E agora?! Agora recusamo-nos a usar ou aceder a qualquer aplicação que não nos permita em dois, três cliques fazer uma vídeo chamada para qualquer lado no mundo, saber das últimas notícias e agir num qualquer dispositivo, seja um telemóvel, um smartwatch, um assistente virtual, fazer uma formação online à medida, enquanto fazemos o nosso jogging ou ginásio ou enquanto conduzimos para ir buscar os nossos filhos à escola. O que seja, ter real mobilidade no desempenho das nossas funções, em total equilíbrio com a nossa identidade empresarial e pessoal, sermos ativos, ligados e produtivos. Eficazes e felizes numa irreversível revolução virtual do local de trabalho.
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