O presidente dos EUA revelou esta segunda-feira esperar que a primeira fase do acordo comercial com a China seja assinada na cimeira da Fórum Ásia-Pacífico, já em novembro. Contudo, nesta fase não serão ainda abordadas questões tecnológicas
Donald Trump anunciou que será dado início à “Fase 1” das negociações que se prolongam há mais de um ano e meio para ultrapassar um diferendo comercial com a China, que tem levado à aplicação de elevadas tarifas retaliatórias por ambas as partes. O presidente norte-americano disse estar convencido que esta fase do acordo possa ser assinada durante a cimeira do Fórum de Cooperação Económica da Ásia-Pacífico (APEC), marcada para os dias 16 e 17 de novembro, no Chile. Num comunicado divulgado no final da semana passada, o secretário do Comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnunchin, anunciaram que estão quase concluídas várias secções do acordo, após mais uma ronda de negociações em Washington, em que esteve presente o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He. Donald Trump planeia participar na cimeira do Chile, onde se deverá encontrar com o homólogo chinês, Xi Jinping, podendo ficar marcada para o final do encontro a cerimónia de assinatura desta primeira de três fases, segundo o Presidente norte-americano, do acordo comercial que tem dividido os dois países. Do lado da China, na semana passada chegaram também sinais de entendimento, com o anúncio de um aumento da compra de produtos agrícolas dos EUA, para alcançar cerca de 50 mil milhões de dólares (mais de 40 mil milhões de euros) - um valor bem acima do alguma vez atingido nas exportações agrícolas norte-americanas para o mercado chinês. Não há, contudo, quaisquer pormenores sobre esta primeira fase do acordo, embora Donald Trump se tenha referido à inclusão de matérias relacionadas com a desvalorização da moeda chinesa e questões de propriedade intelectual. O Presidente dos EUA disse ainda que as questões relacionadas com tecnologia serão apenas discutidas na segunda fase do acordo, tendo ficado também de fora, para já, tudo o que se relaciona com a empresa de telecomunicações chinesa Huawei, alvo de sanções norte-americanas, que está num processo paralelo de negociações. |