Como navegar pelos labirintos das ofertas Cloud maximizando os benefícios para as organizações
A aceleração para o digital decorrente da conjuntura pandémica, trouxe consigo a obrigação da adoção de modelos cloud para muitas organizações. O desafio hoje é compreender qual o modelo cloud adequado para o negócio no curto e no longo prazo. Há uma década atrás começou-se por externalizar os recursos de IT, seguiu-se a externalização do data center e mais recentemente prescindiu-se de computação local para passar a um modelo de infraestrutura como serviço (IaaS). Se nos primeiros dois exemplos a motivação é financeira, no que toca ao IaaS há uma outra motivação subjacente: a agilidade. Hoje o negócio não espera, o modelo de entrega do IT precisa ser quase instantâneo. A cloud responde a esse desafio removendo a complexidade e fricção associada à entrega do serviço, colocando no IT a decisão de qual o prestador que melhor serve as necessidades da organização. Essa escolha era por regra binária, isto é, quando se decidia por um prestador cloud, este seria coroado como aquele com o qual a organização iria fazer tudo daí em diante. Hoje compreende-se que este modelo tem como principais desvantagens o vendor lock-in onde o cliente fica refém de apenas um fornecedor e do switching- cost onde para mudar de prestador a organização terá um custo elevado para fazer essa mudança. Importa então definir um modelo de escolha que assente em critérios bem definidos e que se traduzam numa vantagem competitiva plena para as organizações na adoção de uma oferta cloud sem estes “inconvenientes”. Analisando como a oferta cloud evoluiu até hoje, compreende- se que com o advento do Software-defined anything (SDx) foi possível integrar na oferta de IaaS, serviços de valor acrescentado tais como Firewall, VPN ou até NAS, e que no passado apenas eram possíveis por hardware. Esta premissa acelerou a adoção de modelos cloud porque permitiu solucionar dois problemas fundamentais: redução da complexidade e entrega imediata. Pelo mesmo motivo dá-se o boom do SaaS, novamente movido pelo consumo quase imediato e descentralizado. À medida que o mercado amadureceu, o IaaS evoluiu para o Platform-as-a-Service (PaaS) onde com uma camada de abstração adicional, o negócio passou a consumir plataformas em detrimento de construir algo à custa de recursos próprios. Exemplo do potencial do PaaS é a Base de dados como serviço (DBaaS) que a Businesswire(1) estima que em 2025 valerá perto de $320.3 Mil milhões. Percebe-se que à medida que o nível de maturidade das organizações cresce para com o uso de serviços cloud, maior é o potencial de envolvimento destas para com serviços futuros. Esta lógica foi bem lida pelos principais players e assim explica-se a explosão de novos serviços que anteriormente seriam apenas de nicho, mas que agora pela racionalização de recursos e redução de preço, podem ser oferecidas de forma massificada. Exemplo disso são serviços como o big-data, AI ou IoT que hoje já são oferecidos no modelo PaaS. Para adensar o tema observa-se o surgimento de novos trends por parte de players globais onde estes promovem uma oferta local com presença global, onde se incentiva a mobilidade aplicacional em vez do lock-in, soluções de abstração completa da camada de rede (SDN) ou até fornecedores de soluções de cloud privada que passam a propor a interoperabilidade entre clouds. Cloud first, cloud smart ou cloud readyColoca-se agora a questão: como navegar neste labirinto e fazer as escolhas acertadas? Qual o modelo cloud que melhor serve a minha organização? Como preparo o IT para tirar partido da cloud? – a resposta pode estar na análise da maturidade e exposição que cada organização tem hoje para a cloud conjugada com a resposta que a organização precisa dar à necessidade interna de inovar, avançar mais depressa e de estar mais próximo do cliente final. Assim, propõe-se que cada organização comece por fazer um assessment do seu nível de maturidade para com as tecnologias cloud e cruzar esses dados com os objetivos da organização para com o nível de adoção cloud que esta pretende atingir. Alguns exemplos em (2) e (3). Se por outro lado uma organização já possui competências ao nível de metodologias de entrega e integração contínuas, micro-serviços ou containers, as probabilidades de sucesso em externalizar esses serviços para um prestador cloud serão imensuravelmente maiores quando comparadas com organizações que se debatem no seu dia-a-dia por manter em funcionamento soluções legacy, pelo que é fundamental que seja entendido onde estão as oportunidades de sucesso de cada organização em função dos seus recursos técnicos, aplicações, visão estratégica e liderança que esta dispõe para realizar essa mudança. IaaS, PaaS ou SaaS, a IP Telecom pode já hoje ajudar as empresas a identificar as melhores oportunidades de concretizar as mudanças para a cloud com o mínimo de fricção e suportado com as equipas próprias de cada organização.
(1) Global Cloud Database & DBaaS Market Report, 2019 (2) Multi-Cloud and App Maturity Model
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