Para a Oracle, o futuro do IT está na automação

A automatização do IT é um caminho sem retorno, na visão do gigante tecnológico, que anunciou aquela que diz ser a primeira base de dados autónoma do mundo, com níveis acrescidos de desempenho e a promessa de redução de custos.

Para a Oracle, o futuro do IT está na automação

Durante a apresentação da Oracle Autonomous Database aos media, Hugo Abreu, country manager da Oracle Portugal, realçou que “estamos na era das empresas inteligentes”, e que não se trata de uma mudança tecnológica, mas de "automatizar algo que o IT já faz manualmente". A nova base de dados já está disponível, e introduz funcionalidades de gestão, segurança e reparação autónomas para processos essenciais, como o patching, o tuning e as atualizações.                                    

Hugo Abreu, country manager da Oracle.

 

João Borrego, sales consulting senior manager na Oracle Portugal.

Os clientes da Oracle estão a demonstrar “grande interesse nos serviços cloud da Autonomous Database”, disse-nos João Borrego, sales consulting senior manager, pela possibilidade de “otimizar a execução das cargas de trabalho de base de dados de forma automatizada, quer do ponto de vista de performance e manutenção quer do ponto de vista de segurança”. A automação dos serviços cloud disponibilizados pela nova base de dados da Oracle tem o suporte de inteligência artificial “embebida”, frisou, dizendo que “as organizações conseguem executar as suas bases de dados com mais performance na cloud da Oracle, comparativamente com outra cloud ou on-premises”.

Tudo isto de forma mais segura, dado que as atualizações acontecem automaticamente. “Existe menos esforço de gestão porque o serviço é autónomo, ou seja, os nossos clientes conseguem ter uma eficiência em termos de custo que antes não conseguiam obter”.
Com a nova base de dados, a Oracle anunciou também novos serviços, nomeadamente a Oracle Autonomous Data Warehouse Cloud, que recorre a machine learning para uma utilização mais rápida, simples e elástica dos data warehouses. Como os ajustes e as otimizações não dependem de intervenção humana, o serviço não fica offline, o que significa que utilizadores empresariais não têm de enfrentar longas esperas para poder analisar os dados.

 

Nova oferta de serviços PaaS Autónomos

Tendo em vista o objetivo de dotar toda a sua oferta de Platform-as-a-Service (PaaS) de funcionalidades autónomas, a Oracle lançou ainda três novos serviços: Oracle Autonomous Analytics Cloud, Oracle Autonomous Integration Cloud e Oracle Autonomous Visual Builder Cloud. Dotados de tecnologia IA e algoritmos de machine learning, estes serviços PaaS automatizam e eliminam tarefas inerentes a análises preditivas, acelerando-as. A utilização de serviços PaaS de analítica, em Portugal, “ainda é relativamente recente”, diz João Borrego.  “Numa primeira fase, as funcionalidades de analytics afirmaram-se dentro de aplicações de negócio SaaS – ERP, CRM, RH. Mais recentemente, já vamos assistindo à adoção de plataformas analíticas autónomas, suportadas sob a forma de serviços PaaS”.


O sales manager realça que esta adoção tem, por norma, duas motivações: "Por necessidade de integração e consolidação de informação de múltiplas plataformas SaaS ou para criar laboratórios que permitam suportar exercícios de inovação e transformar dados em valor, numa lógica Big Data, onde a elasticidade e provisionamento da cloud são uma mais-valia.


Alguns clientes da Oracle estão também "a equacionar e a testar a adoção de serviços de plataforma analítica para evoluir os tradicionais sistemas de BI e analytics on-premises". Neste contexto, são muitas as empresas que consideram uma abordagem híbrida, “em que os repositórios de dados residem on-premises e a plataforma de analytics está alojada na cloud, com uma ligação segura entre dois ambientes”.


A tecnológica americana tem também a intenção de adicionar funcionalidades autónomas de gestão, de segurança e de recuperação/manutenção a todos os seus serviços PaaS, além de recursos autónomos específicos para cada área funcional. Neste mesmo contexto, e até ao final de 2018, a Oracle tem previsto disponibilizar mais serviços autónomos com especial foco nas soluções móveis e chatbots, na integração de dados, no blockchain, na segurança e gestão, bem como nas cargas de trabalho adicionais de bases de dados, incluindo OLTP.

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