Organizações que não utilizem IA até 2025 vão passar despercebidas

Especialistas alertam que as organizações devem utilizar inteligência artificial e que as empresas que não utilizarem vão passar despercebidas no mercado

Organizações que não utilizem IA até 2025 vão passar despercebidas

Durante o DES - Digital Enterprise Show, que decorreu em Málaga, foi colocado em cima da mesa a abordagem ética e humana à aplicação da Inteligência Artificial (IA). Vários especialistas de tecnologia exploraram os desafios, os benefícios e a influência que a ferramenta de IA generativa está a exercer na comunidade e nos negócios.

Mark Minevich, conselheiro da ONU e copresidente da AI for the Planet Alliance, foi um dos palestrantes. Na sua sessão, afirmou que a aplicação da IA Generativa “deve focar no ser humano, na ética, nos modelos sustentáveis e no futuro da saúde”. Nessa linha, destacou que as ferramentas de IA “pode servir em previsões e sistemas de alerta precoce. Não houve aviso prévio para o COVID-19. É aqui que os dados e informações granulares ajudam”.

Após o avanço do Chat GPT em 2023, Minevich disse que “2024 será o ano em que nos vamos concentrar na personalização, melhorando os mercados preditivos e a produtividade nas cadeias de abastecimento”, enquanto, até 2025, “vamos escalar os casos de uso atuais”. Minevich ressalvou que, embora estejamos num estado de entusiasmo com a inteligência artificial, também estamos a experimentar um crescimento significativo. “Se não forem uma empresa movida pela IA em 2025, não terão importância”, referiu. Segundo o consultor, os relatórios recentes destacam que o investimento em IA vai atingir os 151,1 mil milhões de dólares, o que também terá desafios técnicos e jurídicos, como os direitos de autor.

Outro desafio que detalhou é a integração da tecnologia nas empresas, e a aplicação da IA como catalisador do crescimento, para o qual é necessária a formação de pessoas. Por fim, defendeu a remoção de preconceitos da solução e a garantia da privacidade e segurança dos dados. “A inovação deve impulsionar a sociedade e não as regulamentações. Precisamos de equilibrar, e não de regulamentar excessivamente, e precisamos de uma melhor gestão e governação”, explicou. Também destacou a importância de estimular talentos de qualidade, como cientistas e engenheiros de dados.

Dan Nechita, chefe de gabinete de Dragos Tudorache no Parlamento Europeu, que é o chefe da comissão especial sobre IA criada pelo Parlamento Europeu, falou sobre regulamentação. Nechita partilhou a visão geral do regulamento, dizendo que “se trata de especificar como é que a IA é utilizada na Europa de formas que não aceitamos”, embora “a proibição seja uma ferramenta de último recurso”.

O especialista abordou os diferentes riscos cobertos pela lei, desde o alto risco, que regula o impacto da IA nos direitos fundamentais, até ao risco médio, onde pode influenciar pessoas com experiências como deep fakes ou chatbots. “A IA banida pode estar sujeita a negociação para uso pelos governos e pelo estado. Existem argumentos para certos casos de uso. Mas queríamos ter certeza de que existem limites. Por exemplo, o reconhecimento facial em locais públicos precisa de aprovação para situações específicas”, indicou. Nechita também defendeu a cooperação internacional para a implementação de modelos de aplicação flexíveis, razão pela qual estão em contacto com os EUA e o Reino Unido.

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