Estudo global indica que o setor tecnológico se mostrou confiante durante a pandemia, enquanto o setor de bens de consumo é o que mostra menor confiança
A Worldcom publicou o mais recente Worldcom Confidence Index (WCI), o estudo que monitoriza os níveis de interação de mais de 54 mil CEO/CMO a nível global com tópicos empresariais, medindo a sua confiança ou preocupação acerca destes. Este mês, é examinado o nível de confiança dos líderes empresariais em 11 setores-chave. CEO e CMO da indústria energética são os menos confiantes de todo o Índice, apesar de apresentarem a segunda maior subida de confiança desde abril de 2020. Em contrapartida, o setor utilities, a saúde, as TI, o setor imobiliário e o setor industrial demonstram níveis de confiança acima da média. Preocupações relacionadas com o fornecimento global e a crescente necessidade de abastecimento local explicam esta conclusão. O burnout entre os funcionários pode igualmente ser uma das causas, já que nos últimos 12 meses, apesar dos vários confinamentos, o setor nunca cessou de funcionar. Os trabalhadores foram confrontados com condições de trabalho de maior risco e comportamentos abusivos por parte dos consumidores. Este é o cenário também em Portugal, com os líderes do setor de consumo a ocupar o antepenúltimo lugar do Índice de Confiança por setor do país. Já os líderes de setores de consumo de bens de luxo parecem estar mais confiantes, apesar de se manterem ainda abaixo da média de confiança. Estima-se que esta disparidade se deva às diferentes áreas do próprio setor, com ganhadores e perdedores do mesmo lado. Entretenimento em casa e melhorias domésticas têm-se saído muito bem, tal como os retalhistas com uma forte presença online. Por outro lado, outros negócios de produtos discricionários, com abordagens mais tradicionais, têm-se deparado com algumas dificuldades, por razões óbvias. Em Portugal, os líderes desta indústria são os segundos mais confiantes, ultrapassados apenas pelo setor das TI. A confiança dos líderes do setor das TI mantém-se acima da média, apresentando, contudo, a segunda maior descida de confiança desde abril de 2020 (de 3.2%). Produtos TI e serviços focados em comunicação e colaboração, como é o caso do Zoom, têm tido muita procura. Outros produtos, como a Bridge, uma plataforma de gestão de aprendizagem e desempenho pensada para otimizar o novo modelo de trabalho híbrido, estão também a alcançar bons resultados. Em Portugal, este é mesmo o setor cujos líderes estão mais confiantes. Contudo, o decréscimo de confiança talvez se deva à perceção de que o impulso dado pela pandemia neste setor pode ser seguido de um decréscimo da procura à medida que o impacto recessivo da situação pandémica se faça sentir. Os líderes do setor tecnologias de informação demonstraram o mais baixo nível de confiança em seis tópicos: Influência no sucesso dos fatores financeiros/económicos; Concorrência influencia o sucesso; Gestão de crise; Satisfação do cliente; Envolvimento dos trabalhadores para uma melhor produtividade e, ironicamente, a Utilização de tecnologia para colaborar e inovar. Talvez seja por isso que a Microsoft tem estado a investir em publicidade em torno dos resultados comerciais proporcionados pelo Microsoft Teams para fidelizar clientes e construir brand loyalty. |