Estudo aponta que 97% dos CEO planeiam integrar inteligência artificial, mas apenas 1,7% está completamente preparado para a tecnologia
Um novo estudo da Cisco revela um paradoxo entre os CEO. Ainda que quatro em cada cinco reconheçam os potenciais benefícios da Inteligência Artificial (IA) e quase todos planeiem integrá-la nas suas operações, muitos temem que as lacunas no seu conhecimento dificultem as decisões na sala de reuniões (74%) e sufoquem o crescimento (58%) — correndo o risco de perder oportunidades e ficar atrás dos concorrentes. No entanto, com o apoio dos líderes de IT e parceiros de confiança, planeiam capacitar os colaboradores, modernizar a infraestrutura e reforçar a cibersegurança para aumentar a sua vantagem competitiva num futuro impulsionado pela IA. O diretor de produtos da Cisco, Jeetu Patel, sublinha em comunicado a urgência de agir. “Num cenário dinâmico em que a concorrência é feroz, a velocidade decide os vencedores. Os líderes que agem decisivamente hoje para construir redes resilientes e preparadas para o futuro serão os líderes de IA que impulsionam o valor real para o seu negócio. Eventualmente, existirão apenas dois tipos de empresas: as que são empresas de IA e as que são irrelevantes”, diz. A investigação da Cisco – que entrevistou mais de 2.500 CEO de empresas de todo o mundo com mais de 250 colaboradores – mostra que mais de 70% dos CEO estão preocupados em perder terreno para os concorrentes e oportunidades devido a lacunas do IT e das infraestruturas, receios que já se estão a traduzir em perdas reais. Mais de metade dos CEO (53%) teme que a falta de investimento em tecnologia lhes esteja a custar vantagem competitiva, enquanto dois terços estão preocupados com os custos de oportunidade de não investir mais em tecnologia. Diz o estudo que os custos da inação não são cenários hipotéticos: se não investirem em tecnologia agora, os CEO esperam custos operacionais mais elevados, lucros mais baixos, produtividade reduzida e queda da quota de mercado. Os CEO estão a recorrer à IA pelo seu potencial transformador: para impulsionar a eficiência (69%), aumentar a inovação (68%) e superar os concorrentes (54%). No entanto, a concretização desta ambição exige que os CEO quebrem as barreiras que os impedem de concretizar o potencial da IA: escassez de competências, lacunas de infraestruturas e riscos de segurança. Enquanto os CEO se concentram no panorama geral, os seus CIO e CTO enfrentam frequentemente obstáculos operacionais, incluindo a falta de casos de utilização de negócio convincentes, um desafio que os CEO classificam em menor grau. Esta tensão reflete, explica a Cisco, a fase exploratória da inteligência artificial, onde 82% dos CEO que reconhecem os potenciais benefícios da IA devem apoiar a experimentação ousada a curto prazo para descobrir valor a longo prazo. Os CEO sabem que não podem cumprir os seus planos sem apoio especializado: 96% estão a recorrer a parcerias fiáveis para preparar as suas redes para o futuro da IA. |