Intenções de contratação no setor tecnológico em Portugal diminuem até ao fim do ano

As intenções de contratação no setor tecnológico reflete o abrandamento que se tem se observado em Portugal desde o segundo trimestre deste ano. De acordo com o mais recente Experis Tech Talent Outlook, a projeção para a criação líquida de emprego no setor do IT neste quarto trimestre do ano situa-se nos +12%, um valor que fica cinco pontos percentuais a baixo em relação ao trimestre passado.

No entanto, as intenções dos líderes do setor continuam em terreno positivo, com um total de 32% dos empregadores do setor a ter intenções de aumentar as suas equipas até ao fim do ano, ao contrário dos 20% que já antecipam a possível redução das suas forças de trabalho e 45% espera manter o número atual de trabalhadores. Quando comparado o segundo semestre do ano passado com o de 2024, a projeção de +12% representa uma redução de 35 pontos percentuais.

“As intenções de contratação dos empregadores das IT, para o final do ano, confirmam a trajetória descendente que se tem vindo a verificar em Portugal nos últimos meses, com uma Projeção 45 pontos percentuais abaixo da observada no primeiro trimestre deste ano, quando as estimativas dos empregadores atingiram o segundo valor mais alto no pós-pandemia. Este fenómeno está naturalmente associado efeito de ajuste de equipas, que já se fez sentir há alguns meses a nível internacional e que afeta também o mercado nacional. Reflete ainda o impacto da contínua disrupção tecnológica, com os crescentes investimentos em inteligência artificial a obrigar a uma revisão das prioridades de talento por parte das empresas tecnológicas e a traduzir-se num balanço diferente ao nível das suas intenções de contratação”, declara Nuno Ferro, Brand Leader da Experis, em comunicado.

O setor de IT continua a ser a indústria com o maior crescimento nas intenções de contratação, acabando por recuperar do abrandamento registado no último trimestre. Os países com maior projeção na indústria de IT, a nível mundial, são a Costa Rica (+53%), os Estados Unidos (+51%) e os Países Baixos (+49%). No entanto, os países com as projeções mais pessimistas são a Roménia (-3%), a Argentina (+4%) e a Grécia (+8%).