De acordo com o estudo da KPMG, realizado entre maio e junho deste ano, as principais preocupações dos empresários com a implementação da inteligência artificial (IA) generativa são a cibersegurança e a imprecisão de dados
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O estudo realizado pela KPMG em parceria com o Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) revelou que a implementação da inteligência artificial (IA) generativa pode possibilitar avanços significativos em várias áreas, incluindo a melhoria na relação com o cliente e a automatização de processos de negócios. Ter uma compreensão sólida deste tipo de tecnologia pode ser um diferencial competitivo importante para as empresas e organizações. Mesmo assim, também é importante não ignorar os riscos emergentes relacionados com privacidade e dados, segurança e ética, e cibersegurança ao explorar o potencial da IA generativa. O estudo contou com a participação de mil membros de órgãos de gestão, de governo e de supervisão de 120 companhias a nível global. As principais disrupções relacionadas com esta tecnologia incluem a transformação de talentos e os recursos humanos. Os principais riscos que foram identificados são a imprecisão de dados e a cibersegurança. O Conselho de Administração acaba por assumir as responsabilidades de supervisão de inteligência artificial generativa, com os CIO/CTO a liderar o processo. “É um privilégio realizar este estudo em parceria com o IPCG, referência em Portugal de Corporate Governance, num momento em que urge desenvolver as práticas de governo corporativo nas empresas em matéria de utilização de inteligência artificial. Este estudo, ausculta os principais líderes em Portugal e nos EUA sobre os impactos da IA generativa nas suas organizações. Acreditamos firmemente que se trata de uma oportunidade valiosa de orientar e influenciar o uso ético e responsável da inteligência artificial generativa no contexto empresarial. No entanto, é importante que tenhamos consciência das potenciais “armadilhas” e desafios que a IA generativa pode apresentar, especialmente dentro dum contexto regulatório em constante evolução”, afirma Paulo Paixão, Head of Audit & Assurance da KPMG Portugal. Os dados do estudo revelam que 33% das empresas questionadas, em Portugal, já estão a iniciar o processo de introdução da inteligência artificial generativa nas suas estratégias, um número superior aos 14% nos Estados Unidos. 37% dos inquiridos em Portugal estão a escalar a utilização da IA generativa nos seus processos, quando comparado com os 19% dos EUA. No entanto, existem desafios como a formação dos colaboradores em IA generativa, de acordo com os resultados do estudo é ainda limitada, com 23% das empresas em Portugal a confirmar a oferta dessas formações. Em Portugal, 10% dos inquiridos já reconhecem que a inteligência artificial generativa é fundamental para o seu negócio e que está a ser utilizada de forma consistente. A implementação da IA generativa é vista como uma ferramenta de otimização de operação, 77% dos inquiridos a concordar. As maiores preocupações dos líderes em termos da implementação desta tecnologia são a cibersegurança e a imprecisão de dados. Maior parte da formação dos Conselhos de Administração em IA generativa é baseada em estudos próprios, sem muito recurso ao recrutamento de especialistas na área. Ao olhar para o futuro, 40% dos membros dos órgãos de gestão em Portugal consideram que a aplicação da IA generativa traz mais benefícios do que riscos, ultrapassando-os. No entanto, em termos de gestão, governo e supervisão, ainda existem algumas dúvidas na implementação desta tecnologia, tendo sempre em mente que a inteligência artificial generativa já faz parte do presente das empresas, procurando novos talentos, exigindo um aumento das capacidades técnicas dos funcionários e a definição de processos robustos para utilizar esta tecnologia. |
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