De acordo com um estudo recente, a discrepância entre a perceção e a capacidade de resposta cibernética revela a necessidade de existir estratégias de ciber-resiliência mais robustas para proteger as empresas
A Kyndryl, em parceria com a Amazon Web Services (AWS), divulgou os resultados de um estudo global sobre cibersegurança. O estudo revela uma discrepância entre a perceção e a real capacidade de resposta cibernética das empresas ao redor do mundo. Esta conclusão destaca a necessidade de estratégias de ciber-resiliência mais robustas para proteger contra ameaças e garantir a continuidade dos negócios. Embora 94% das organizações se considerem preparadas para responder a ciberataques, 71% acredita que é provável que sofram um ataque no próximo ano, o que pode ter um grande impacto no seu desempenho financeiro. Esta discrepância sublinha a necessidade de maior sensibilização e de medidas concretas para enfrentar ciberameaças cada vez mais sofisticadas. Segundo as conclusões retiradas do estudo, os líderes de TI estão a enfrentar desafios operacionais significativos. Enquanto 52% estão a preparar-se para ameaças emergentes, como ataques de estados-nação e de inteligência artificial (IA) generativa, 47% estão focados em proteger a cloud híbrida e 42% em gerir a complexidade das soluções de segurança. No último ano, 54% das grandes empresas sofreram ciberataques que afetaram os seus sistemas ou dados de IT, com 61% a registar quatro ou mais ataques, sendo a Alemanha, o Canadá e a Índia os países mais afetados. Em Portugal e Espanha, 53% das organizações relataram ciberataques nos últimos 12 meses. De acordo com o estudo, 69% dos líderes empresariais não apoiam adequadamente as medidas de segurança, e 73% mostram desinteresse pela preparação para a segurança. Embora 94% estejam confiantes em lidar com regulamentações em mudança, 77% enfrentam dificuldades no alinhamento das equipas de segurança e mitigação de riscos, e 72% não têm estratégias claras de continuidade do negócio. As organizações também enfrentam desafios devido ao trabalho remoto (54%), restrições orçamentais (43%) e escassez de competências (43%). Setores como o retalho (61%), a indústria transformadora (57%) e os produtos químicos, petróleo e gás (56%) registaram altas incidências de ciberataques, com as organizações governamentais a reportarem a maior frequência de ataques (74%). “Os resultados do inquérito revelam um cenário complexo de ciberameaças em que as empresas enfrentam ameaças persistentes apesar de se sentirem preparadas. Com mais de metade das organizações a sofrerem incidentes perturbadores no último ano, é imperativo que as direções das empresas façam da ciber-resiliência uma prioridade. A concretização desse objetivo não é um esforço único, mas sim um compromisso contínuo para salvaguardar o nosso futuro digital”, declara Kris Lovejoy, Global Security & Resiliency Practice Leader da Kyndryl, em comunicado. |