A Gartner prevê que o reconhecimento de voz venha a ter adoção generalizada nos próximos dois anos, com seis outras tecnologias de Digital Workplace a alcançarem o estatuto de mainstream num período de dois a cinco anos.
São sete as tecnologias de Digital Workplace que, de acordo com a Gartner, devem ter adoção generalizada até 2023, com seis a recaírem no período de dois a cinco anos. A tecnologia de reconhecimento de voz deve ter adoção generalizada até 2020. “A influência do reconhecimento de voz é verificável no dia-a-dia. Consumidores e colaboradores interagem cada vez mais com aplicações sem tocar num teclado", disse Matthew Cain, vice-presidente e analista da Gartner. "Aplicações de speach-to-text têm vindo a proliferar, devido à adoção de chatbots e assistentes pessoais virtuais (VPA) por parte das empresas empresas e à adoção por parte do consumidor de dispositivos com interações de fala, incluindo smartphones, consolas e, especificamente, altifalantes VPA". Os chatbots e assistentes pessoais virtuais devem apresentar um forte crescimento nos próximos anos. Apesar de menos de 4% das organizações terem já implementado interfaces de conversação (incluindo chatbots), 38% das organizações já planeiam implementar ou estão ativamente a experimentar a tecnologia, de acordo com a Gartner. "Os líderes de desenvolvimento de aplicações precisam de antecipar a sua proliferação à medida que cada vez mais pessoas e empresas fazem a transição para user interfaces conversacionais,” refere Van Baker, research vice-presidente. “ As empresas que ainda não começaram a implementar IA para interação com clientes e colaboradores devem começar agora, porque estes contam cada vez mais com a disponibilidade de interfaces conversacionais para lidar com questões de help desk e atendimento ao cliente. " Apesar da principal área de aplicação dos chatbots ser o serviço ao cliente, é provável que venham a ser aplicados noutras áreas da organização. Quando usados como interface para aplicações, a forma como trabalham irá progredir de modo a que, em vez de o utilizador ter de aprender a utilizar a interface, a interface aprenda a adaptar-se ao utilizador, estimulando assim a adoção, formação, produtividade e eficiência no local de trabalho. Entretanto, analítica aumentada e analítica pessoal estão a levar a analítica a cada vez mais colaboradores leigos, permitindo que qualquer pessoa se torne num “citizen data scientist”. A analítica aumentada, explica a Gartner, utiliza machine learning automatizado para transformar a forma como os dados são trabalhados, consumidos e partilhados. Líderes de dados e analítica devem aceitar a analítica aumentada como parte da sua estratégia de transformação digital para disponibilizar insights mais avançads a um espetro mais alargado de utilizadores. A Gartner prevê que, em 2020, devido maioritariamente à automação de processos de data science, os volumes de analítica avançada produzidos por citizen data scientists ultrapassem os de data scientists profissionais. A analítica pessoal é a analítica de dados contextualmente relevantes para fornecer insights, previsões e/ou recomendações personalizadas para o benefício de usuários individuais. "A analítica pessoal é a camada de analítica dos assitentes pessoais virtuais, a qual, até 2020, atingirá a adoção generalizada", disse Nick Ingelbrecht, research director na Gartner. "É intrinseca ao engagement dos indivíduos com a tecnologia, e à maneira como estes obtêm insights a partir de uma variedade de dados não estruturados, como fotos, interações sociais, compras, preferências e indicadores de saúde. A analítica pessoal pode existir sob a forma de assistentes pessoais virtuais, consultores financeiros e assistentes de compras”. A Gartner prevê que a citizen data science se torne rapidamente n parte importante da maneira como viabilizamos e dimensionamos os recursos de data science em toda a organização. Também prevê que, até 2020, mais de 40% das tarefas de ciência de dados serão automatizadas, resultando num aumento da produtividade e no uso mais amplo por citizen data scientists. Plataformas de aprendizagem adaptativa ajustam a forma como o conteúdo instrucional é apresentado aos utilizadores com base nas suas respostas ou preferências, e são usadas para otimizar a destreza digital das forças de trabalho. A tecnologia está a ganhar território a um ritmo que deverá conduzir à sua adoção mainstream nos próximos cinco anos. "As plataformas de aprendizagem adaptativa constituem uma forma importante de apoiar e suplementar a aprendizagem no local de trabalho, mas são difíceis de implementar", refere Glenda Morgan, research director na Gartner. "Os CIO devem olhar para os projetos de aprendizagem adaptativa como um empreendimento de redesenho curricular em grande escala. Para este efeito, devem procurar identificar os aliados dos formadores, encontrar maneiras de incentivar os formadores e garantir que estes consigam ampla adesão a estes projetos." |