55% das organizações têm um conselho de IA

Mais de 50% das organizações têm um líder de IA, mas em 88% dos casos este não possui o título de Chief Artificial Intelligence Officer

55% das organizações têm um conselho de IA

De acordo com um inquérito recente da Gartner, que contou com o testemunho de mais de 1.800 líderes executivos que participaram num webinar em junho de 2024, mais de metade das organizações (55%) tem um conselho de Inteligência Artificial (IA). No entanto, enquanto 54% dos inquiridos indicaram que a sua empresa tem um chefe ou líder de IA, 88% revelaram que este responsável não possui o título de diretor de IA – Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO).

“As descobertas mostram que as organizações estão divididas quanto à necessidade de um conselho de IA”, explica Frances Karamouzis, Distinguished VP Analyst da Gartner. “A resposta é sim, as empresas precisam de um conselho de IA para transcender os desafios multidisciplinares para gerar valor e reduzir riscos. No entanto, a duração, o âmbito e os recursos dependem do contexto e do caso de uso. Para alguns, é uma medida provisória a curto prazo. Para outros, é uma mudança a longo prazo no seu modelo operacional”.

De acordo com a Gartner, a responsabilização pela IA está dispersa, existindo também algumas organizações que estão descentralizadas e isoladas ou continuam sem ter clareza sobre onde deveriam estar as iniciativas de IA. No âmbito do inquérito, os executivos foram questionados sobre quem é o responsável pelas iniciativas de IA. A investigação da Gartner revela que apenas um quarto dos entrevistados se alinhou, efetivamente, com uma função clara.

“A composição dos membros do conselho de IA deve ter a representação de diversas disciplinas e unidades de negócios cruzadas”, afirma Karamouzis. “Cabe a cada organização determinar a melhor abordagem para impulsionar velocidade e agilidade dentro da sua organização para garantir que o conselho não se torne pesado e improdutivo devido à incapacidade de atingir ou gerar consenso”.

Quando solicitados a identificar os três principais focos da competência do board de IA, 26% dos inquiridos referiram a governação. Já 21% consideram que a estratégia deveria ser um dos pontos principais.

“A composição dos membros do conselho deve alinhar os conhecimentos especializados com o âmbito da missão”, acrescenta o analista da Gartner. “Os membros do conselho devem ser executivos experientes e de nível sénior, com fortes habilidades em estratégia e execução, especialmente se tiverem ambições de GenAI”.

Os líderes C-suite são orientados pelo seu conselho de administração, refere a Gartner, e a maioria dos boards não tem como objetivo a expansão do seu C-suite. Segundo o inquérito, os conselhos procuram um líder de IA que seja responsável pela orquestração desta tecnologia.

“A IA e a GenAI são complexas e abrangentes e afetam todos os trabalhos, atividades e conversas estratégicas na organização”, conclui Karamouzis, que defende que “isso não significa que as pessoas ou a equipa responsável por orquestrar a IA numa organização devam ter um cargo à altura do C-suite”.

 

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