Trabalhadores de PME receiam ter de voltar ao escritório no pós-pandemia

A elevada carga administrativa e a falta de sistemas otimizados, que acompanham a transformação digital, afasta os colaboradores de um cenário de trabalho ideal

Trabalhadores de PME receiam ter de voltar ao escritório no pós-pandemia

Uma grande parte dos trabalhadores de pequenas e médias empresas (PME) na Europa prevê que quando as restrições da pandemia diminuírem, sejam obrigados a voltar ao escritório regularmente, revela novo estudo lançado pela Ricoh Europa. Em causa está a necessidade de melhorar a experiência do cliente, trabalhar no crescimento do negócio, lidar com a elevada carga administrativa e processos baseados em papel, tarefas que remotamente não são possíveis de realizar.

O estudo recolheu os testemunhos de 1400 colaboradores de PME europeias, dos quais 58% espera o retorno ao antigo espaço de trabalho, assim que as medidas forem relaxadas. Preveem, no entanto, barreiras e dificuldades para trabalhar de forma dinâmica, devido aos pedidos em constante evolução dos clientes. Quase metade (45%) dos participantes, afirma que seriam mais produtivos com menos encargos administrativos e 51% acredita que os processos automatizados são a resposta. 

São ainda várias as PME que trabalham de forma tradicional, o que as afasta de atingir um resultado financeiro mais sólido, porque os colaboradores têm menos tempo para vender ou para apostar na inovação e criar novos modelos de negócio. Xavier Moreno, Diretor de Marketing da Ricoh Espanha e Portugal explica que “muitas vezes, as pequenas e médias empresas não detetam as suas necessidades até descobrirem que, ao automatizarem os seus processos de forma eficiente, podem obter economias de custo cruciais para a sua sobrevivência e competitividade. Otimizar os seus recursos e apostar nesta agilidade no acesso à informação pode constituir não só um avanço na forma de trabalhar, mas também um crescimento contínuo e sólido, rumo à consolidação de uma verdadeira empresa digital”. Para além das oportunidades perdidas, a criatividade, a motivação e a satisfação dos colaboradores são também prejudicadas pelo desempenho de tarefas monótonas e rotineiras. 

A carga de trabalho dos funcionários é um dos fatores-chave que dita o regresso ao escritório, agravado pela falta de ferramentas para dar suporte a tarefas de alto valor remotamente, devido ao baixo investimento em processos automatizados. Um em cada quatro (25%) dos participantes está a pensar em procurar trabalho em empresas mais equipadas para o trabalho à distância. 

A automatização dos processos constitui ainda uma oportunidade de direcionar esforços para a fidelidade do cliente e posicionar as PME como entidades com mais experiência digital. Dois em cada cinco colaboradores tem dificuldade de acesso a conhecimento e a informação dos sistemas da empresa que necessitam para oferecer um melhor atendimento ao cliente e isto limita o atendimento rápido, conveniente e personalizado que diferencia as empresas. Moreno acrescenta que “há anos que acompanhamos as pequenas e médias empresas nos seus desafios de transformação digital e sabemos que os seus recursos para investir em tecnologia são muito limitados. Mas investir para que seus colaboradores possam aceder a toda a documentação de maneira remota e segura, tem um impacto positivo e imediato na sua agilidade e produtividade”.

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