A Dedalus é fornecedora de software médico e tem como objetivo auxiliar o sistema de saúde no processo de transição digital
A fornecedora de software médico e de diagnóstico na Europa Dedalus organizou em Portugal a conferência “Valor dos Dados na Transformação Digital na Saúde” com o objetivo de debater a forma como os dados são instrumentos disruptivos que irão moldar o futuro do setor da saúde. Em 2016, decidiu focar a sua estratégia na resposta à crescente procura por soluções abrangentes e inovadoras que apoiem a transição digital no setor da saúde e atualmente pretende expandir o negócio em Portugal com a criação de um “hub” de inovação e desenvolvimento e no próximo ano, deverá contratar 50 colaboradores na Península Ibérica, apesar de ainda não ter uma localização definida. Numa época em que os megadados e a inteligência artificial ganham uma cada vez maior relevância no resultado que os Sistemas de Saúde são capazes de fornecer aos seus clientes, a Dedalus promove um debate sobre a forma como estes instrumentos disruptivos e revolucionários irão moldar o futuro do setor. “Temos tentado garantir que todos os projetos que fazemos com clientes portugueses se fazem com recursos em Portugal. Queremos investir e crescer em Portugal”, afirma Marisa Felipe, Diretora Regional da Dedalus Iberia, que se comprometeu a incluir Portugal na estratégia de desenvolvimento da nova geração de produtos e soluções da Dedalus. Will Smart é diretor global para as relações externas do grupo e acredita que, como líderes digitais, têm de desenhar um futuro sustentado no uso de dados que apoie os cidadãos e que permita que os serviços de saúde intervenham de forma rápida e adequada. “Durante a pandemia, observámos que as ferramentas e serviços digitais foram uma história real de sucesso. As equipas digitais trabalharam virtualmente em todas as nossas instituições, fornecendo ferramentas de consulta remota aos pacientes e criando enfermarias virtuais que permitiram monitorizar os pacientes a partir de casa”. O diretor global para as relações externas da Dedalus afirma ainda que as soluções digitais nos cuidados de saúde podem ser implementadas de forma rápida e segura, tendo um impacto positivo na prestação de serviços clínicos dos pacientes. “Atualmente, do ponto de vista da saúde digital, penso que temos um momento de grande oportunidade. O nosso objetivo é sermos parceiros de eleição dos nossos clientes na sua transformação digital”, afirma. O valor dos dados no processo de transformação digitalWill Smart foi responsável pela modernização digital no serviço nacional de saúde britânico e acredita que existem muitos desafios na utilização do digital nos cuidados de saúde. “Um dos maiores desafios que temos é conectar os cuidados e permitir que os dados se movam com o paciente nas mais diversas situações. No fundo, é transformar a experiência do utilizador, o que permite que aos pacientes tenham muito mais controlo e propriedade da sua saúde e dos seus cuidados”. A COVID-19 trouxe diversas oportunidades e desafios ao sistema de saúde com a rápida mudança para modelos de cuidados virtuais, entre outros aspetos. É agora importante dar o próximo passo que está interligado à forma como as outras indústrias funcionam e imaginam os cuidados de saúde no futuro. Existe uma grande quantidade de dados em cuidados de saúde e no futuro é fundamental trabalhar para estruturar esses mesmos dados e torná-los disponíveis e utilizáveis para o paciente. “No futuro estaremos continuamente ligados ao sistema de saúde que irá monitorizar os pacientes, fornecendo alertas quando uma intervenção é necessária e agilizando o processo de acesso a cuidados de uma forma muito mais virtual. Será como um ecossistema onde haverá diversos intervenientes em diferentes cenários e indústrias diferentes”. Setor público vs Setor PrivadoPara o diretor global para as relações externas do grupo Dedalus os desafios nos cuidados de saúde são os mesmos, independentemente do cenário público ou privado. “Existem desafios específicos que podem estar em torno da formação ou recursos, mas o desafio fundamental que se prende com o uso de ferramentas digitais para permitir a entrega de cuidados é o mesmo. Ambos devem aprender um com o outro e não é útil colocar o setor público e privado em oposição”, conclui. |