Prevenção do esgotamento digital, avanços tecnológicos e reforço de parcerias fazem parte das tarefas na lista de gestão dos líderes
Pessoas felizes, trabalham e produzem mais e melhor. Mas a felicidade no trabalho é impactada pelas decisões dos CEO e pelo importante papel da gestão nas organizações. A IBM lançou o CEO Study 2021 do IBM Institute for Business Value (IBV), onde definiu que o bem-estar é a prioridade dos Chief Executive Officers (CEO) das empresas com melhor desempenho (outperforming), que estão nos 20% com maior crescimento de receitas. "A pandemia desafiou muitos líderes a focarem-se no que é essencial, como as suas pessoas”, reconhece Mark Foster, Senior Vice-President da IBM Services. Uma empresa transparente, com um ambiente colaborativo, que reconhece as conquistas e incentiva a criatividade, motiva a força de trabalho. A qualidade de vida está diretamente ligada à produtividade no trabalho e longe vai o tempo em que trabalhar era um sacrifício e se traduzia em exaustão e falta de segurança financeira. Desde 2014, que na Universidade de Berkeley, Califórnia, lecionam um curso chamado “The Science of Hapiness”, que mais tarde deu origem a um estudo. Na pesquisa identificaram que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% mais em comparação com outros. Mas existirá uma fórmula para a felicidade? No estudo Find your Essential da IBM, foram entrevistados três mil CEO de 26 indústrias e cerca de 50 países diferentes. Aqueles que encabeçam as empresas com melhor desempenho dizem focar-se no talento, na tecnologia e em Parcerias como motor para crescer e desenhar um caminho de sucesso no pós-pandemia. Os CEO de empresas com maior crescimento estão altamente focados nos colaboradores e na qualidade do workplace e 77% reflete sobre a importância de priorizar o bem-estar holístico dos colaboradores, mesmo que isso afete a rentabilidade da empresa a curto prazo, em comparação com apenas 39% dos CEO das empresas com um desempenho inferior. Os CEO afirmam que um dos principais desafios diz respeito à boa gestão das equipas que, no decorrer da pandemia e com a virtualização dos espaços de trabalho, estão remotas e dispersas em diversas localizações geográficas. Metade dos CEO das empresas com melhor desempenho e 25% dos CEO de empresas com menor desempenho, estão concentrados em dar novas competências à força de trabalho remota, um verdadeiro desafio e teste às capacidades de liderança. Desde o início da pandemia que se fala muito em locais de trabalho híbrido, mas os verdadeiros desafios formam-se agora, com a sociedade a voltar à normalidade, ainda que de maneira diferente. Mark Foster explica que "as expectativas de muitos colaboradores em relação aos seus empregadores mudaram significativamente” e acrescenta que “uma força de trabalho dispersa pode exigir que os líderes disponibilizem tecnologia ágil, adotem modelos de liderança mais empáticos, priorizem o bem-estar dos colaboradores e defendam uma cultura empresarial flexível e inclusiva”. Um espaço de trabalho remoto vem com novos e complexos desafios, e a IBM recomenda que os CEO reflitam em relação às necessidades que um escritório digital gera, nomeadamente a disponibilização de soluções de ferramentas digitais, como a cloud híbrida aberta, a inteligência artificial e as tecnologias IoT.Os avanços tecnológicos na nova geração digital, vão afetar altamente os negócios nos anos que se avizinham e enquanto podem ser desafios, são também pontos benéficos para o crescimento das empresas e das forças externas mais importantes para o futuro sucesso das organizações de melhor desempenho. Atualmente fala-se na crescente tendência da exaustão ou esgotamento digital, que deve constituir uma das maiores preocupações para os CEO. Num outro estudo do IBV, com a participação de mais de 14 000 consumidores a nível mundial, um em cada quatro pensa em mudar de emprego em 2021. Ter um horário e local de trabalho flexíveis são fatores com um papel importante na decisão. O reforço de uma equipa que acompanha os tempos e se mantém inclusiva e diversa deve estar na to-do list dos líderes das empresas. Apenas 17% dos CEO inquiridos têm estes aspetos em elevada consideração para criar uma ambiente colaborativo e envolvente. Depor confiança nas Parcerias, é apontado pelos CEO como um aspeto de crescente importância para estimular a inovação. 63% dos CEO de empresas com melhor desempenho afirmam que as parcerias são cada vez mais importantes para impulsionar o desempenho do negócio, enquanto apenas metade dos CEO de empresas de menor desempenho fizeram o mesmo reparo. Os CEO estão também cada vez mais cientes de que as suas organizações podem contribuir para resolver problemas globais, como as alterações climáticas, e isso pode instigar mudanças duradouras nas empresas. |