Estudo da Google indica que 83% dos líderes empresarias garantem que a sua empresa está a implantar tecnologias em cloud como parte das principais infraestruturas de computação.
A cloud tem um peso cada vez maior no mercado financeiro, revela novo estudo da Google, com os bancos a moverem as operações core para a nuvem. A tendência é indicadora de uma tentativa dos bancos de modernizar os seus modelos e equipas de IT e proporcionar serviços mais eficientes que favorecem as necessidades dos clientes. "As organizações de serviços financeiros devem continuar a maximizar o potencial da tecnologia migrando as principais cargas de trabalho principais para a cloud", escreveu Zac Maufe, diretor executivo do Google Cloud Financial Services, numa publicação no site. O estudo inquiriu mais de 1300 líderes da indústria financeira a nível global, dos quais 83% garantem que a sua empresa está a implantar tecnologias em cloud como parte das suas principais infraestruturas de computação. Por outro lado, apenas 17% dos decisores afirmam utilizar principalmente serviços on-premises, dos quais 40% tencionam fazer a transição para a cloud durante o próximo ano. A computação em cloud é considerada uma tecnologia chave para o futuro do setor financeiro não só para perpetuar uma melhor resiliência operacional, protegendo o workload de falhas, como para instigar a inovação, com a criação de novos produtos e serviços. Além disso, uma análise recente do Banco de Inglaterra estima que a adoção da cloud pode reduzir os custos de infraestrutura até 50%. Contudo, a principal razão apontada pelos decisores para a transição para a cloud concerne a fácil e rápida adaptação às expectativas dos clientes. Com start-ups de fintech nascidas na cloud a tomarem posições importantes no mercado, a cloud representa um meio para as organizações tradicionais equipararem a competição e se manterem a par das tendências inovadoras do mercado."É como se houvesse dois tipos de bancos. Há os bancos tradicionais, que têm por base tecnologia herdada, e aqueles como o Revolut e todos os outros bancos que estão a começar e que nascem na cloud e nascem para serem digitais", afirma Leighton James, CTO da UKCloud, que fornece serviços multicloud para organizações do setor público no Reino Unido, em declarações à ZDNet. Contudo, para infraestruturas críticas como as finanças, a utilização da cloud vem com riscos acrescidos. Atualmente, o mercado de cloud é partilhado por empresas big tech, com cinco fornecedores principais que possuem 80% das ações - a AWS da Amazon detém 41% do mercado e o Microsoft Azure representa quase 20%. Assim, enquanto por um lado terceirizar os serviços financeiros para um conjunto pequeno de fornecedores proporciona uma infraestrutura resiliente, há sempre o risco de falha e com todos os bancos a utilizar os mesmos sistemas, todo o mercado financeiro pode ficar comprometido. Como tal, para lidar com os desafios de segurança, as estratégias de cloud devem incluir planos de gestão de risco adequados. |