No estudo IDC TechBrief: Web3, a IDC nota que, nos últimos anos, se têm desenvolvido esforços para a construção de uma Internet eficiente e transparente - cujo futuro poderá estar na Web3
No estudo recente IDC TechBrief: Web3, a IDC explora os principais desenvolvimentos, tendências, oportunidades e desafios no ecossistema Web3 e tecnologias associadas, alertando, ainda, para o potencial e para os riscos da Web 3.0. A IDC define a Web3 como “uma coleção de tecnologias e protocolos abertos, incluindo blockchain, que suportam o nativamente fiável uso e armazenamento de dados descentralizados, o conhecimento e o valor”. Nos últimos anos, têm-se desenvolvido esforços concentrados para a construção de uma Internet eficiente e transparente, que aborda temas como o controlo, a privacidade, a segurança e a confiança. A Web3 tem provocado interesse e atividade significativa dentro dos círculos da indústria, que abundam com projetos e start-ups que abrangem diversos componentes do ecossistema Web3, como blockchain, criptomoedas, NFT e DAO, indica a IDC. “A questão a ponderar não é se a Web3 está a chegar, a questão é a forma que a Web3 vai assumir nos próximos anos”, disse Phillip Silitschanu, Research Director em Worldwide Blockchain, Crypto, NFT, and Web3 Strategies na IDC. Já Christopher Lee Marshall, Associate Vice President da IDC Asia Pacific, afirma que “as empresas devem ter uma compreensão clara de como a sua organização depende da Web existente, na sua forma atual como Web 2.0, e o impacto que uma mudança para a Web3 teria nas suas operações e no seu lucro”. No relatório, a IDC define enquanto principais benefícios a propriedade do utilizador final da informação, uma maior privacidade dos dados, a eliminação do controlo central – possível, por exemplo, através dos DAO, organizações autónomas e descentralizadas – e serviços mais transparentes. Por seu lado, aponta enquanto riscos e principais preocupações o papel da regulamentação, os novos desafios a nível de cibersegurança e os incentivos sociais e financeiros para a Web3, que, segundo a IDC, podem levar a uma perceção limitada do valor pelos utilizadores. Os investigadores consideram que, embora a mudança possa demorar, os primeiros efeitos estão à vista através, por exemplo, de plataformas de redes sociais baseadas em blockchain ou de wallets digitais de NFT, que já poderão estar presentes nos telemóveis dos utilizadores. A IDC nota que os utilizadores já possuem nos seus dispositivos wallets para contas, cartões de crédito e credenciais, mas que não há wallets para garantir o seguro armazenamento do valor da propriedade intelectual, inatingível e tangível. Mais, os investigadores garantem que os NFT terão o seu lugar-comum nas nossas vidas nos anos vindouros. |