O estudo desenvolvido por docentes da NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa revela que as áreas da cultura, desporto, governo, administração pública e direito são as áreas onde existem mais dúvidas sobre a aplicação da IA
Apesar de ter chegado para ficar, a inteligência artificial e as suas mais variadas aplicações ainda suscitam dúvidas entre os portugueses. De acordo com um estudo desenvolvido por docentes da NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa – “A Moralidade da Inteligência Artificial em Portugal” – a maioria dos portugueses não encara a IA como sendo moral, segura, justa ou leal. Os inquiridos apresentam ainda dúvidas sobre a inocência, a solidariedade ou a empatia desta nova tecnologia. O estudo teve por base entrevistas realizadas que refletem a opinião de 466 consumidores portugueses, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos, residentes em Portugal. As áreas dos cuidados de saúde, transportes, serviços básicos, serviços financeiros, educação e meios de comunicação são consideradas algumas das áreas onde a utilização da IA é vista de uma perspetiva positiva. No entanto, o seu uso já não é visto como tão aceitável no caso de setores como o da cultura, desporto, governo, administração pública e direito. Relativamente aos relacionamentos interpessoais, o estudo revela que os homens na faixa etária dos 18 aos 30 anos acreditam que a inteligência artificial vai ter impacto; por outro lado, os mais velhos, com idades compreendidas entre os 31 e os 60 anos, incluindo mulheres, defendem o contrário. Os homens defendem que a IA irá impactar o mercado de trabalho; as mulheres têm mais dificuldade em aceitar a IA em escolhas de lazer, de saúde e de estudos, como a sugestão de uma universidade, por exemplo. |