Aiman Ezzat considera que o bloco europeu foi “demasiado rápido” na regulamentação da nova tecnologia. Chefes de Estado e Executivos das grandes tecnológicas reúnem-se por estes dias em Paris para debater futuro seguro da IA
Se por um lado a União Europeia (UE) defende que a sua Lei de Inteligência Artificial (IA) é a mais abrangente em termos de regulamentação do uso da tecnologia, por outro começa a crescer a frustração no seio de algumas empresas que acusam a Europa de limitar a inovação. O CEO da Capgemini considera que a União Europeia foi longe de mais com as regulamentações ao nível da IA, numa altura em que os próprios reguladores europeus alertam para a possibilidade de violação das leis de privacidade por parte de alguns atores de IA. Aiman Ezzat é uma das vozes críticas da regulamentação europeia. Em declarações à Reuters, o CEO considera que “fomos longe demais e rápido demais na regulamentação da IA”, admitindo que a ausência de padrões globais sobre esta regulamentação seria, igualmente, “um pesadelo”. A complexidade do tema leva a que empresas, como por exemplo a Capgemini, tenham de ter em conta a regulamentação de cada país onde opera. AI Action Summit discute desenvolvimento seguro da IAAs atenções estão esta semana viradas para a AI Action Summit, o evento que acontece esta segunda e terça-feira em Paris, França, e que procura um consenso global sobre os princípios da inteligência artificial e o desenvolvimento seguro da tecnologia. Para além de representantes e chefes de Estado de vários países, é esperada a presença de executivos das principais empresas de tecnologia, como é o caso da Alphabet, da Microsoft e da OpenAI, empresa mãe do ChatGPT. DeepSeek no olho do furacãoOs reguladores de vários países europeus emitiram já pedidos de informações sobre o DeepSeek, a plataforma lançada por uma startup chinesa e que tem agitado o mercado nas últimas semanas, competindo com outros modelos existentes e já estabelecidos. |