Depois de ter sido capaz de acertar nos resultados das últimas três eleições presidenciais dos EUA, o sistema de inteligência artificial MogIA previu a vitória de Donald Trump e, mais uma vez, acertou
As últimas eleições dos EUA deram muito que falar nos media, muito à conta do candidato, agora eleito presidente, Donald Trump, mas também porque muitas foram as sondagens realizadas. Estas, na sua maioria, atribuíam a vantagem a Hillary Clinton. Quando finalmente os resultados foram revelados, ontem, dia 9, vieram à tona muitas questões sobre as sondagens. Afinal, em quem é que devemos acreditar? Embora não haja uma resposta correta a esta pergunta, a verdade é que já existe um sistema de inteligência artificial que começa a dar que falar por ter acertado nas últimas três eleições presidenciais dos EUA e ter previsto também a vitória de Trump. O MogIA foi desenvolvido por Sanjiv Rai, em Bombaim, na Índia, e alimenta-se de 20 milhões de data points de plataformas públicas, tais como o Google, Facebook e Twitter, analisando a informação recolhida e realizando as suas previsões. Criado em 2004, o MogIA conseguiu também prever corretamente o resultado das primárias democratas e republicanas. E como é que o MogIA consegue ser tão preciso? Segundo o seu developer, dados como o engagement com tweets ou os vídeos em direto no Facebook são recolhidos pelo sistema de cálculo do MogIA. Nestas últimas eleições americanas, segundo o MogIA, Donald Trump ultrapassou o volume de engagemnt de tweets do maior pico de Obama em 2008, em 25%. Embora este sistema de inteligência artificial tenha algumas limitações, uma vez que o engagement de um utilizador num tweet não significa necessariamente que o seu voto vá naquela direção, a verdade é que o MogIA conseguiu prever aquilo que as sondagens oficiais não foram capazes. Esta eleição junta-se a uma lista de sondagens oficiais que dão conta de resultados opostos aos do desfecho oficial: já em junho, aquando do Brexit, as sondagens davam conta da vitória da permanência do Reino Unido na União Europeia, mas tal não se verificou. Num mundo onde Big Data e analytics são uma realidade, não será altura dos sistemas tradicionais de sondagens se reinventarem? |