A inovação é o pilar da atual estratégia da SAP. Em Paris, no seu centro de inovação, o fabricante está a desenvolver soluções que ajudem as empresas a capitalizar os dados e a transformar modelos de negócio
Para lá do ERP. Assim se posiciona a SAP na era da transformação digital. O fabricante de software de gestão está a reinventar-se com o objetivo de ser o motor da inovação das empresas e não apenas das suas transações. No centro desta estratégia está a plataforma de computação in-memory Hana, que permite tirar partido de dados provenientes de variadas fontes através de analítica em tempo real. No 19º piso da torre SAP, em Paris, está o Experience Briefing Center, um showroom onde a empresa recebe clientes de todo o mundo para demonstrar como pode ajudar não só a acelerar a digitalização como a monetizá-la. Foi neste centro de inovação – com uma vista privilegiada sobre Paris – que a SAP recebeu uma comitiva de jornalistas portugueses, para dar a conhecer a sua estratégia e partilhar exemplos de setores que estão a recorrer à sua plataforma para se transformarem. Chris Hallenbeck, global vice president of database and technology, realçou que a própria SAP teve de reinventar-se para permanecer relevante no atual contexto de negócios data driven que, pretende aliás, impulsionar. O responsável identificou as smart cities como uma das áreas mais promissoras, dando o exemplo de Nanjim, de Buenos Aires e de Boston, três cidades que recorreram à SAP para proporcionar mais qualidade de vida aos seus cidadãos - a primeira para melhorar o tráfego, a segunda para combater o flagelo das inundações (através de manutenção preditiva) e a terceira para diminuir os seus níveis de criminalidade em 55%. Outro exemplo de como a recolha e o tratamento da informação podem revolucionar os processos vem do mundo do desporto. O Bayern de Munique e o Manchester City são dois dos clubes europeus que estão a transformar-se pela IoT, recorrendo à SAP para analisar detalhadamente cada jogada e o desempenho dos jogadores ao longo dos 90 minutos de jogo, bem como a sua condição física. Também neste caso as capacidades de machine learning da plataforma permitem gerar valiosos cenários preditivos. Outro dos use cases demonstrados diz respeito ao smart vending. Cem por cento conetadas, as novas vending machines permitem que os compradores paguem com os smartphones (via NFC) e que se conetem à máquina através de QR codes. Esta recolha de informação permite prever os produtos que cada cliente deverá adquirir – com base no seu histórico de compras – e fazer as sugestões mais acertadas (precision marketing). O smart vending ilustra na perfeição como é possível transformar a experiência de compra através da união entre físico e digital, a maior tendência do retalho e uma das áreas em que a SAP está mais focada, a par da indústria 4.0. A estratégia de transformação digital da SAP inclui mais de 2500 startups a trabalhar com Hana, mais de 4 mil clientes a funcionar sobre o ERP S/4 Hana e mais de 1600 a usufruir de Internet of Things (IoT).
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