Medir a tensão arterial, monitorizar o peso ou os níveis de oxigénio no sangue, é aquilo a que o projeto Health Kiosk se propõe a conseguir recolher. Num modelo modular que se quer assumir como “o multibanco da saúde”, os investigadores do Instituto de Telecomunicações (IT), pólo do Porto, querem revolucionar o setor da saúde, ao torná-lo mais digital
O Health Kiosk, desenvolvido por Rui Prior, Miguel Coimbra e Pedro Brandão – investigadores do Instituto de Telecomunicações (IT), pólo do Porto, assume-se como um sistema modular que interliga diferentes dispositivos médicos, permitindo aos utilizadores a recolha autónoma e monitorização de dados e sinais vitais. Esta tecnologia, ligada em rede, permite a criação de base de dados com o histórico do utilizador, servindo para posterior análise dos profissionais de saúde. Pela especificidade do sistema modular, este engenho poderá ser utilizado mesmo em locais remotos, potencializando, desta forma, a telemedicina. O software integra modelos de explicação e acompanhamento virtual (vídeos, áudios e textos de indicação) para que o dispositivo seja acessível a toda a população. Neste sentido, e de acordo com os investigadores, esta preocupação de usabilidade e autonomia é um dos fatores, a par da modularidade do sistema, que distingue o Health Kiosk dos demais existentes no mercado. A possibilidade de adaptar os módulos do sistema a cada objetivo é outra vantagem desta solução. A este nível, é possível integrar um dispositivo de monitorização dos níveis glicémicos, ao invés de colocar um dispositivo de medição dos índices de oximetria. Este tipo de alteração pode ser realizada por um profissional de saúde sem quaisquer conhecimentos de programação, usando uma interface gráfica concebida para o efeito. O programa está ainda em fase de testes, tendo sido já experimentado na Câmara Municipal de Paredes, na Unidade Local de Saúde de Matosinhos e conta com a colaboração da Faculdade de Psicologia e Escola de Enfermagem do Porto. |