Quando estiver totalmente operacional, Leonardo será capaz de processar 250 milhões de biliões de cálculos por segundo. Representa um investimento de 120 milhões de euros e espera-se que execute tarefas altamente complexas
O mais recente supercomputador da Europa – o Leonardo – foi inaugurado na passada semana Technopolis de Bolonha, em Itália. Considerado atualmente o quarto computador mais poderoso do mundo, apresenta um sistema de supercomputação, desenvolvido e montado na Europa. Quando totalmente operacional, terá uma capacidade de processamento perto dos 250 milhões de biliões de cálculos por segundo. Recorre a componentes de computação de alto desempenho e inteligência artificial para executar tarefas altamente complexas. Deverá também ser capaz de permitir pesquisas sobre cancro, descoberta de medicamentos e de tecnologias de energia limpa, para além de ajudar a prever e monitorizar desastres naturais e pandemias. O supercomputador está igualmente equipado com ferramentas que permitem o ajuste do consumo de energia, assim como um sistema de arrefecimento que possibilita o aumento da eficiência energética. É o segundo supercomputador pre-exascale na Europa em funcionamento depois do Lumi, em Kajaani, na Finlândia. O Leonardo junta-se também a outros supercomputadores europeus: o Discoverer, na Bulgária; o MeluXina, no Luxemburgo; o Veja, na Eslovénia; e o Karolina, na República Checa. O Leonardo representa um investimento de 120 milhões de euros – metade do dinheiro provém da Comissão Europeia e a restante metade do Ministério italiano do Ensino Superior e Investigação, assim como do consórcio CINECA, composto por mais cinco países que integram a Empresa Comum Europeia para a Computação de Alto Desempenho (Empresa Comum EuroHPC). O futuroA instalação do supercomputador Deucalion decorre já em Portugal. O terceiro supercomputador pré-exascale – MareNostrum 5 - já está também a ser instalado em Espanha. O primeiro supercomputador exascale na Europa – o Jupiter - deverá ser instalado no Centro de Supercomputação Jülich, na Alemanha. A EuroHPC anunciou também seis locais que deverão receber computadores quânticos, que serão integrados nos supercomputadores já existentes. |