Projeto de inteligência artificial quer ler pensamentos

O Projeto DARPA quer desenvolver agentes de software que podem ler os pensamentos dos humanos

Projeto de inteligência artificial quer ler pensamentos

Uma equipa de investigadores liderada pela Universidade Carnegie Mellon (CMU, na sigla em inglês) está a trabalhar para construir agentes artificiais e inteligentes com uma competência social fora do comum: a capacidade de interpretar os pensamentos de uma pessoa a partir das suas ações.

Os seres humanos, emocionalmente inteligentes e desenvolvidos, interpretam humores, gestos e pensamentos através de pistas subtis como a linguagem corporal, padrões da fala e a escolha de palavras, assim como o movimento dos olhos.

No entanto, as máquinas precisam de ajuda. A inteligência social é uma enorme área de investigação em diversas áreas de engenharia e exemplo disso é o Pepper, um robô socialmente inteligente que tem a capacidade de responder adequadamente a pistas emocionais como tristeza e tédio.

O propósito do projeto DARPA é usar a inteligência social das máquinas para ajudar equipas humanas e máquinas a trabalhar em conjunto com segurança, eficiência e produtividade, bem como a desenvolver agentes de software com inteligência emocional e programas autónomos que possam perceber o ambiente que os rodeia e tomar decisões.

Além da equipa da CMU, o projeto de 6,6 milhões de dólares inclui especialistas em fatores humanos e neurocientistas da Universidade de Pittsburgh e Northrop Grumman.

"A ideia é que a máquina tenta deduzir o que as pessoas estão a pensar com base no seu comportamento", afirma Katia Sycara, do Instituto de Robótica da CMU que tem passado vários anos a desenvolver agentes de software. "A pessoa está confusa? Presta atenção ao que é necessário? Está sobrecarregada? Em alguns casos, o agente de software pode até ser capaz de determinar que um companheiro de equipa está a cometer erros por causa de desinformação ou falta de treino”, esclarece Katia Sycara.

Além de Sycara, a equipa inclui três investigadores codiretores: Changliu Liu, professor assistente do Instituto de Robótica; Michael Lewis, professor da Pitt's School of Computing and Information e Ryan McKendrick, um cientista cognitivo da Northrop Grumman.

Para testar os agentes socialmente inteligentes, a equipa irá enviá-los para um cenário de busca e salvamento dentro do videojogo “Minecraft”. Com o decorrer do projeto, a equipa irá tentar concluir os estados mentais, primeiro de jogadores individuais e depois de equipas de jogadores.

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