Processadores de "qutrits" codificam mais e erram menos

A Rigetti Computing anunciou o lançamento de um chip quântico que conecta dois chips de 40 qubits para formar um de 80 qubits e adicionou um terceiro estado aos qubits - os qutrits

Processadores de "qutrits" codificam mais e erram menos

A Rigetti Computing anunciou o lançamento de um processador quântico de 80 qubits, composto por dois chips de 40 qubits conectados o Aspen-M, disponível em private beta, avança a ZDNet. A Rigetti tem vindo a alocar grandes esforços no desenvolvimento de computadores quânticos de larga escala e anunciou planos no início deste ano para os incluir nas suas ofertas aos clientes, através da sua plataforma Quantum Cloud Services.

A empresa tem vindo a ligar chips mais pequenos para ligar um processador modular com um número maior de qubits, em vez de potenciar um único processador. A Rigetti afirma que os superprocessadores Aspen trazem melhorias de escala, velocidade e fidelidade que proporcionam tempos de processamento quântico mais rápidos relativamente aos sistemas existentes e reduzem os erros de leitura em até metade, melhorando, assim, a fiabilidade dos resultados do programa quântico.

"As nossas máquinas estão agora numa escala e velocidade onde podem processar os conjuntos de dados do mundo real que sustentam aplicações de alto impacto", disse Chad Rigetti, fundador e CEO da Rigetti Computing, que acredita que “estes sistemas dão aos investigadores e às empresas a melhor plataforma para perseguirem vantagens quânticas em problemas reais".

Adicionalmente, a Rigetti anunciou que tinha adicionado um terceiro estado aos qubits para criar "qutrits", que permitem codificar mais informações num único elemento e diminui os erros de leitura. Atualmente, oferece acesso experimental a operações qutrit através do serviço Quil-T. "Adicionar apenas um estado adicional transforma os nossos qubits em qutrits, o que pode não só aumentar a quantidade de informação codificada num único elemento, como também permite técnicas que podem diminuir drasticamente os erros de leitura", diz a empresa. Mais, "o acesso ao terceiro estado nos nossos processadores é útil para os investigadores que exploram a vanguarda da computação quântica, da física quântica e dos interessados em algoritmos tradicionais baseados em qubits", conclui a Rigetti.

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