A edição de 2019 do Relatório Anual da OutSystems identifica os principais desafios globais da transformação digital e coloca as empresas portuguesas acima da média global
Mais de metade das empresas portuguesas aumentaram as suas equipas de desenvolvimento e estão acima da média na transformação digital, segundo o relatório da OutSystems de 2019. O relatório “The State of Application Development 2019” agrega dados de inquéridos efetuados a 3.300 profissionais de TI de empresas de todas as dimensões, indústrias e países. 253 respostas são de empresas portuguesas ou a operar em Portugal. Portugal alinha-se com a restante realidade europeia, com um “nível de maturidade da transformação digital acima da média global.” 51% das organizações portuguesas revelaram que em 2018 ampliaram as suas equipas de desenvolvimento de software. Das cocnlusões do relatório destaca-se ainda que, a nível global, a “transformação digital é um ‘work in progress’”, já que “os esforços de transformação digital nas organizações são generalizados, mas ainda não são estratégicos ou contínuos”. Os riscos de disrupção também preocupam as empresas – “alterações nas preferências ou no comportamento dos clientes surge como o risco número um apontado pelos profissionais entrevistados, seguido de perto pelas mudanças regulatórias e legislativas, pelos ciberataques e pela agilidade da concorrência”. O desenvolvimento e solicitação de novas aplicações, o aumento da poupança de tempo em desenvolvimento de aplicações, o desafio na retenção de talento ou a transformação do low-code em plataforma mainstream são outras conclusões obtidas. Já no caso específico português, o estudo da OutSystems conclui que “em média, os profissionais inquiridos em Portugal registaram uma maturidade da transformação digital de 4.01 pontos, o que, juntamente com os inquiridos de outras organizações na Europa, representa a média mais alta a nível regional e global”. Também em Portugal os tempos de desenvolvimento são ligeiramente mais rápidos do que a média global e a adoção do low-code é de destacar, “com 63% [dos inquiridos] a referir ter já aderido a este tipo de tecnologia. Em contraponto, apenas 15% disse que a sua organização não prevê adotar uma plataforma de low-code.” |