Pedidos de patentes em Portugal atingem recorde histórico desde 2020

Em 2024, Portugal alcançou um recorde histórico com 347 pedidos de patentes à OEP, destacando-se pela inovação tecnológica e pelo significativo contributo das mulheres

Pedidos de patentes em Portugal atingem recorde histórico desde 2020

Segundo o Patent Index 2024, empresas e inventores portugueses submeteram 347 pedidos de patentes à Organização Europeia de Patentes (OEP) em 2024, o que representa um aumento de 4,8% face ao ano anterior. Este valor constitui um recorde histórico, com o número de pedidos a crescer 38,2% desde 2020.

Apesar das incertezas políticas e económicas, as empresas e os inventores europeus apresentaram mais pedidos de patentes no ano passado, o que demonstra as suas capacidades tecnológicas e o investimento contínuo em I&D”, refere António Campinos, presidente da OEP. “Os dados da OEP oferecem um indicador relevante para a definição das prioridades da indústria, das políticas e do investimento. Tal como alertam os relatórios de Draghi e Letta, para se manter competitiva a nível mundial, a Europa deve reforçar o seu ecossistema de inovação e apoiar melhor os inventores na expansão e comercialização das suas invenções, especialmente em áreas críticas como as tecnologias verdes, a Inteligência Artificial (IA) e os semicondutores”.

Os setores de IT e tecnologia médica continuam a liderar os pedidos de patentes portugueses no mercado europeu, representando cerca de um quarto do total. O setor farmacêutico surge em terceiro lugar, enquanto as áreas da biotecnologia e dos produtos farmacêuticos registaram um aumento de pedidos, contrariando a tendência global da OEP. No entanto, o setor da tecnologia médica registou uma quebra de 19% em relação a 2023.

Entre as entidades portuguesas com mais pedidos de patentes em 2024, destacam-se a NOS Inovação, a Altice Labs e a Universidade do Porto. A NOS Inovação manteve a liderança, enquanto a Universidade do Porto desceu uma posição e a Altice Labs entrou diretamente para o top 3. As universidades e centros de investigação representam metade dos principais requerentes de patentes em Portugal. Paralelamente, o país destaca-se pelo contributo feminino na inovação, com 48% dos pedidos a incluírem pelo menos uma inventora, o que coloca Portugal em segundo lugar entre os Estados-Membros da OEP.

A nível regional, o Norte de Portugal lidera com 179 pedidos, representando 52% do total e registando um crescimento de 13,3% face ao ano anterior. Seguem-se a região Centro, com 86 pedidos, e Lisboa, com 69 pedidos, destacando-se o crescimento de quase 18% no Centro.

Globalmente, os Estados Unidos continuam a ser o principal país de origem dos pedidos de patentes europeias. O sistema da Patente Unitária está a ganhar adesão, simplificando a proteção de patentes em 18 Estados-Membros da União Europeia. Em 2024, 25,6% das patentes europeias concedidas solicitaram este efeito unitário, incluindo 74,3% das patentes portuguesas, uma das taxas mais elevadas da Europa.

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