O objetivo deste programa passa por reduzir a dependência asiática e norte-americana no que toca à produção de semicondutores, que ficou condicionada durante o período da pandemia da Covid-19
Os Estados-membros da União Europeia concordaram na passada semana com um plano na ordem dos 45 mil milhões de euros para financiar a produção de chips. O objetivo do programa passa por reduzir a dependência destes componentes produzidos a partir da Ásia e dos EUA, depois de se ter verificado uma escassez de chips durante o período pandémico. Este é um passo no caminho da independência e autosuficiência europeia face a estes componentes, depois de a Comissão Europeia ter anunciado no início do ano um investimento nesta área, com a melhoria de ferramentas que ajude a antecipar a escassez, assim como o reforço da capacidade de investigação. Já em 2021, o plano 2030 Digital Compass da União Europeia colocava como meta a produção de, pelo menos, 20% dos semicondutores do mundo até ao final da década. A quota encontra-se, no entanto, muito abaixo deste valor – 8% aos dias de hoje. Num conjunto de alterações à proposta da Comissão Europeia, o documento incluí uma proposta para permitir subsídios estatais para uma gama mais ampla de chips, nomeadamente que tragam inovação em termos de potência de computação, ganhos ambientais e inteligência artificial. Os ministros da UE preparam-se agora para dar luz verde ao European Chips Act, que deverá depois ser debatido no Parlamento Europeu em 2023. |