De acordo com o estudo Digital Payments 2016 da Visa, o número de consumidores que utiliza regularmente um dispositivo móvel - seja um smartphone, tablet ou wearable - para efetuar pagamentos triplicou desde 2015
Este estudo auscultou mais de 36 mil consumidores online de 19 países da Europa e mostra o quanto a adoção de pagamentos móveis aumentou em apenas um ano. Mais de metade (54%) dos inquiridos neste estudo revelam utilizar regularmente um dispositivo móvel para realizar pagamentos em diversas situações, comparativamente aos 18% questionados sobre o recurso a pagamentos móveis para a compra de bens e serviços do dia-a-dia, aquando da realização desta mesma pesquisa no ano passado. Além disso, no ano passado 38% dos entrevistados revelaram nunca ter usado um dispositivo móvel para fazer pagamentos, não tendo inclusive planos de o fazer. A percentagem desceu para menos de metade, situando-se nos 12%. “Estes dados constituem a confirmação de que o futuro dos pagamentos digitais chegou, com os consumidores na Europa a abraçar uma variedade de novas formas de pagamento. A Visa encara os smartphones e wearables como o início de uma tendência amplificada, com milhões de novos dispositivos conectados tornando mais simples, segura e protegida a integração de transações comerciais diárias em praticamente qualquer tecnologia”, refere Sérgio Botelho, country manager da Visa em Portugal. Ao olhar para os dez países onde os pagamentos móveis são mais predominantes, estes dividem-se em duas categorias: mercados em desenvolvimento, como a Turquia e a Roménia, que foram ultrapassando os métodos de pagamento tradicionais adotando com maior rapidez as novas tecnologias; e os mercados desenvolvidos - particularmente os nórdicos - que estão a evoluir para a adoção de novas tecnologias a ritmos distintos. Mobile Banking em crescimentoA adoção do mobile banking está também a aumentar. Mais de metade dos inquiridos neste estudo utilizam este tipo de serviços. Enquanto os millennials continuam como a categoria que mais utiliza estes serviços, outros grupos etários aproximam-se rapidamente. Com uma taxa de crescimento de 33%, a maior taxa de crescimento encontra-se na faixa etária dos 55-64, enquanto os millennials (18-34) apresentam uma taxa de crescimento de 24%. O número de inquiridos que utiliza os serviços de mobile banking contribui para que cada vez mais pessoas mantenham o controlo dos seus gastos e das suas responsabilidades financeiras - dois quintos (41%) afirmam verificar regularmente o seu saldo online ou através de uma aplicação bancária. “Na Europa, testemunhámos recentemente o lançamento do Apple Pay no Reino Unido, França e Suíça. O Samsung Pay foi lançado em Espanha e o Android Pay no Reino Unido. Também temos assistido a uma nova era de pagamentos wearable: smartwatches, pulseiras e até mesmo roupas. É claro que esta tendência irá continuar a acelerar, permitindo aos consumidores escolher o dispositivo conectado que se encaixa com o seu estilo de vida”, comenta o country manager. Também a tecnologia contactless está a tornar-se predominante: entre os inquiridos, e transversalmente entre todas as faixas etárias, os pagamentos contactless são já uma norma. À escala europeia, os utilizadores Contactless também são consistentemente mais abertos à adoção de novos métodos de pagamento do que aqueles que não utilizam cartões contactless. O estudo destaca a correlação entre a utilização de cartões contactless e novos métodos de pagamento, revelando que os utilizadores de cartão contactless têm maior interesse em usar um dispositivo móvel como método de pagamento numa loja (52% - utilizador de cartão contactless vs 32% - utilizador de cartão não-contactless), em compras através de um aplicativo do retalhista (49% vs 31%) ou em usar um dispositivo móvel para o pagamento de uma refeição (50% vs 30%). “A aceitação de cartões Contactless produziu um impacto significativo sobre a normalização dos pagamentos digitais nas mentes dos consumidores, independentemente da idade. A quase omnipresença do uso do cartão Contactless tem vindo a promover gradualmente o envolvimento de todos com novos métodos de pagamento, incluindo o mobile banking”, conclui Sérgio Botelho. |