Estudo revela que a inovação é um dos fatores fundamentais para o êxito e crescimento das empresas, diferenciando os ‘líderes’ dos ‘retardatários’ em inovação
O índice de inovação da Dell Technologies, um novo estudo que entrevistou 6.600 colaboradores em mais de 45 países (incluindo Portugal), revela que as empresas estão confiantes na força da inovação nas suas organizações, mediante os desafios globais. Mais de três quartos (84%) diz concordar que os seus negócios têm uma forte cultura de inovação, mas a pesquisa mostra uma clara ‘lacuna’ entre a perceção e a realização dessa inovação. Para entender a maturidade inovadora das organizações, a nível mundial, os entrevistados foram colocados em duas categorias de maturidade, que varia entre ‘líderes’ e ‘retardatários’. Revela-se, assim, uma lacuna na perceção de inovação, pois os resultados mostram que, apesar de uma visão positiva das culturas empresariais inovadoras, apenas 18% das organizações podem ser definidas como líderes em inovação. Estes líderes têm 2,2 vezes mais hipóteses de acelerar a inovação organizacional, durante épocas de recessão, do que os seguidores e retardatários em inovação. As boas notícias são que as organizações podem melhorar, de forma célere, preparando colaboradores, processos e tecnologia para a inovação. As organizações precisam de ajuda para desenvolver uma cultura de inovação onde todas as ideias podem fazer diferença e a aprendizagem, através do fracasso, é incentivada. As empresas reconhecem-no e estão confiantes na sua capacidade de integrar: mais de três quartos (78%) acredita que, em parte, as pessoas ingressam na sua organização porque terão o poder de inovar, o que é uma vantagem. No entanto, é necessário garantir que corrigem a lacuna de inovação. 59% dos entrevistados também acredita que as pessoas deixam a empresa porque não conseguiram inovar tanto quanto esperavam e 64% admite que aspetos da cultura empresarial os impede de serem tão inovadores quanto desejavam. O relatório fornece, ainda, às empresas, um guia sobre como corrigir problemas, destacando tanto as oportunidades de inovar, quanto as barreiras que afetam a inovação. Para além das mudanças específicas com pessoas, as empresas também devem analisar como podem melhorar os seus processos em torno da inovação. A principal barreira para os entrevistados é a falta de tempo para inovar, o que destaca a importância da priorização de modelos de liderança sénior. Atualmente, 68% dos entrevistados diz que os seus líderes estão mais focados no quotidiano do negócio do que na inovação. Sem um compromisso visível a nível de liderança, indivíduos ambiciosos e qualificados não podem atingir todo o seu potencial em inovação. Fornecer mais estrutura em torno da inovação também pode levar a melhores resultados. Embora, por natureza, a inovação possa ser vista como uma busca orgânica, 63% dos líderes e adotantes de inovação dizem que esta é impulsionada por projetos especiais e dedicados. Os resultados do estudo apontam para o poder da tecnologia na inovação e as consequências de atrasos. A grande maioria (86%) está ativamente à procura de tecnologias que ajudam a atingir as suas metas de inovação. Por outro lado, 57% acredita que a sua tecnologia não é de ponta e teme ficar atrasada em relação à concorrência. O estudo também explora os setores onde as organizações estão a obter mais lucros, enfrentando obstáculos em cinco grandes catalisadores de tecnologia para a inovação: multicloud, edge, modernização da infraestrutura de dados, trabalho em qualquer lugar e segurança cibernética. Em quase todos, o maior obstáculo para liberar o potencial é a complexidade. As maiores evidências encontram-se nos obstáculos tecnológicos globais mais próximos à inovação:
“Existe uma equação poderosa nos negócios: ideia inovadora + impacto = tecnologia. Mas há circunstâncias que atrapalham as organizações, que esperam por um momento disruptivo. Ideias pequenas e práticas podem criar um efeito cascata que leva a uma maior produtividade e, consequentemente, a maior lucro. Mas o sucesso só acontece com a conjugação de três fatores: ideias, processos e tecnologia”, refere António Jerónimo, senior manager Dell Technologies Portugal - Presales and DCS. |