O consórcio europeu We@Work desenvolveu um sistema de IoT com base em wearables e Big Data para optimizar a segurança e saúde no local de trabalho
O custo derivado dos acidentes de trabalho e dos demais problemas de saúde relacionados com o trabalho representam entre 2,6% a 3,8% do PIB europeu. Nos EUA, só o stress associado ao trabalho é responsável por prejuízos de mais de 300 milhões de dólares por ano. Além da perda de qualidade e da redução dos níveis de produtividade, um posto de trabalho mal concebido pode gerar um custo direto de mais de 50 mil euros numa única empresa. Segundo os estudos mais recentes, o erro humano está na origem da maioria dos acidentes de trabalho, especialmente entre os operadores de maquinaria pesada e dos condutores de camiões. Demonstrou-se igualmente que a implementação de iniciativas com vista a melhorar os níveis de saúde e bem estar nas empresas, contribui não só para reduzir os níveis de absentismo laboral entre os 25% e os 40%, como para além disso promove o aumento dos níveis de produtividade em geral.
O projetoOs avanços da tecnologia de sensores, a aquisição de dados móveis e as metodologias de avaliação de riscos conjugados com a análise de Big Data, permitem às empresas avaliarem os riscos que envolvem o local de trabalho, incluindo os riscos de acidentes de trabalho e de operar maquinaria pesada e perigosa a custos acessíveis. O projeto We@Work visa transformar o atual paradigma de saúde e prevenção dos riscos no trabalho com a implementação de um serviço que permita a autogestão da saúde aos trabalhadores e promova o aperfeiçoamento da operacionalização do seu posto de trabalho. Este serviço assegurará a capacidade psicofísica da equipas para operarem nos cenários mais exigentes, permitindo identificar atempadamente os sintomas de fatiga, prevenir transtornos músculo-esqueléticos inerentes a posturas inadequadas, criando de igual modo sistemas individuais e personalizados que possibilitem evitar o stress e promover o bem estar no trabalho. A plataforma estará pronta antes do final de 2017, prevendo-se que se venham a realizar pilotos no Hospital Universitário de Karolinksa na Suécia e na sede da Atos Espanha durante 2018. O consórcio é liderado pela Atos Espanha, pela Philips Research, pela Quiron Prevención, e pelo Instituto Karolinksa KTH-Kungliga Tekniska Högskolan, Z-Health Technologies (Z-HT), pela província de Estocolmo e pelo Hospital Universitário Karolinska. Outras aplicações como a Pocket mHealth da Atos, em conjunto com a plataforma Phillips HealthSuite na cloud irão permitir gerir as tecnologias e os dados dos dispositivos portáteis de monitorização, como as peças de vestuário com sensores Z-HT e os sensores de movimento, bem como os sinais fisiológicos integrados no Phillip Health Watch. |