Microsoft lança ferramenta para detetar vídeos falsos

Numa tentativa de combater a desinformação, a Microsoft lançou uma ferramenta de software que ajuda a identificar fotos e vídeos denominados ‘deepfakes’

Microsoft lança ferramenta para detetar vídeos falsos

A capacidade de distribuir imagens falsas já existe há algum tempo. Alguns filmes já utilizaram a tecnologia para utilizar atores que já tinham falecido para interpretar os seus papeis em sagas conhecidas. Mais recentemente, surgiram casos de imagens que utilizaram o atual e o antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e Barack Obama, em vários vídeos falsos.

Agora, a Microsoft lançou uma ferramenta de software que consegue identificar fotografias e vídeos falsos, também conhecidos como ‘deepfakes’ numa tentativa de combater a desinformação antes das eleições norte-americanas.

No blog da Microsoft, Eric Horvitz, Chief Scientific Officer, e Tom Burt, Corporate VP para a Segurança e Confiança dos Clientes, escreveram que “não há dúvidas de que a desinformação está espalhada”.

As várias campanhas de desinformação, levadas a cabo nas redes sociais, procuram difamar pessoas conhecidas, persuadir o público e polarizar os debates. “Relatórios recentes também mostram que a desinformação foi distribuída sobre a pandemia de COVID-19, levando a mortes e hospitalizações de pessoas à procura de supostas curas que são realmente perigosas”, escreve a Microsoft.

A ferramenta, intitulada de Microsoft Video Authenticator, “pode analisar uma foto ou vídeo para fornecer uma chance percentual, ou pontuação de confiança, de que o ficheiro foi manipulado artificialmente. No caso de um vídeo, pode fornecer essa percentagem em tempo real em cada frame à medida que o vídeo é reproduzido”.

Esperamos que os métodos de geração de media sintético continuem a crescer em sofisticação”, alertou a empresa. “Como todos os métodos de deteção de inteligência artificial têm taxas de falha, temos que perceber e estar prontos para responder a deepfakes que escapam aos métodos de deteção. Portanto, a longo prazo, devemos procurar métodos mais fortes para manter e certificar a autenticidade de artigos de notícias e outras medias”.

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