A Gartner destaca que a personalização baseada em inteligência artificial nas aplicações de trabalho pode aumentar a produtividade, mas apenas 23% dos colaboradores estão satisfeitos com as ferramentas que utilizam atualmente
De acordo com um novo estudo da Gartner, até 2028, mais de 20% das aplicações digitais no local de trabalho irão recorrer a algoritmos de personalização baseados em Inteligência Artificial (IA) para criar experiências adaptáveis para os colaboradores. Os trabalhadores digitais que estão satisfeitos com as aplicações que utilizam no trabalho têm quase três vezes mais probabilidade de afirmar que são mais produtivos, em comparação com aqueles que não estão satisfeitos. No entanto, um inquérito realizado pela Gartner a 5.141 colaboradores, entre abril e julho de 2024, revelou que apenas 23% dos trabalhadores estão totalmente satisfeitos com as suas aplicações de trabalho em 2024, um valor inferior aos 30% registados em 2022. “As aplicações utilizadas no trabalho devem ser tão intuitivas e capacitadoras quanto as aplicações de consumo mais populares”, afirma Tori Paulman, VP Analyst na Gartner. “É exatamente isso que os colaboradores desejam: uma experiência digital fluida, personalizada e omnicanal, que ofereça a mesma facilidade e consistência das aplicações de consumo tradicionais”. Segundo a Gartner, para otimizar as aplicações no local de trabalho e aproximá-las da experiência do consumidor, os líderes tecnológicos devem adotar cinco ações fundamentais. Em primeiro lugar, a personalização baseada em IA deve ser implementada para analisar estilos de trabalho, fornecer insights relevantes, priorizar tarefas e automatizar fluxos de trabalho, aumentando assim a produtividade individual dos colaboradores. A transparência também é essencial, garantindo que os algoritmos sejam compreensíveis, que os processos de tomada de decisão sejam claros e que existam medidas rigorosas de privacidade e segurança de dados para fortalecer a confiança dos colaboradores. Além disso, a Gartner considera que se deve dar prioridade aos principais resultados, identificando objetivos críticos, como a melhoria do atendimento ao cliente, e explorando como a personalização pode beneficiar funções específicas. Durante a escolha de fornecedores, é fundamental optar por soluções com interfaces intuitivas, gestão de tarefas personalizada e um design centrado no colaborador. Por fim, a eficácia destas aplicações deve ser monitorizada continuamente, recolhendo feedback e ajustando-se às necessidades em evolução da organização, garantindo que permanecem alinhadas com os seus objetivos estratégicos. |