Maioria dos CEOs acreditam na disrupção do digital

Metade dos CEOs e executivos de negócios inquiridos pela Gartner num estudo recente têm a perceção de que as suas indústrias serão substancialmente transformadas pelo digital. O estudo também revela as prioridades dos executivos

Maioria dos CEOs acreditam na disrupção do digital

De acordo com o mais recente estudo da Gartner, que inquiriu mais de 400 CEOs e líderes de negócio em todo o mundo, estes apontam que o crescimento será a principal prioridade a médio prazo, apesar dos indícios de que a economia global está a enfrentar dificuldades neste início de ano.

Para além do crescimento (54 por cento), a segunda e terceira prioridades empresariais são os clientes (31 por cento) e os colaboradores (27 por cento).

Os resultados indicam que, apesar das condições de negócio serem adversas, os CEOs mantêm-se suficientemente confiantes para dar luz verde a investimentos estratégicos, particularmente no que toca à transformação digital.

“Verificou-se claramente um aumento muito significativo do uso explícito da palavra ‘cliente’ nos resultados do inquérito deste ano,” afirma Mark Raskino, vice presidente e analista da Gartner. “Os CEOs parecem estar a focar-se em melhorar o serviço, relação e níveis de satisfação dos clientes. Ao mesmo tempo, parecem também mais focados nos colaboradores do que nos últimos anos. A enfâse encontra-se largamente em benefícios, retenção e formação da generalidade da força laboral. Não está limitado apenas a questões de ‘talento’ no escalões superiores”.

Numa tentativa de levar a cabo os seus planos de transformação digital, cada vez mais CEOs têm vindo a enveredar por este caminho. O inquérito aponta que um elevado número de CEOs chegou já à conclusão de que deverão liderar esta mudança pessoalmente. Na eventualidade de delegarem esta responsabilidade, apontam o CIO como o líder mais provável deste processo.

Não é surpreendente o aumento do número de CEOs empenhados em liderar a transformação digital das suas empresas, segundo a Gartner, dado que metade dos CEOs entrevistados esperam ver uma significante transformação digital nas suas indústrias, ou que as suas indústrias sejam quase irreconhecíveis dentro de cinco anos. Exemplos destas mudanças incluem carros autónomos e o impacto da analítica baseada na internet of things no sector dos seguros, por exemplo.

Os CEOs parecem também encarar a digitalização como um desenvolvimento positivo e não como uma força destrutiva.

No geral, os executivos mostram-se muito otimistas relativamente ao efeito da transformação digital na rentabilidade bruta das suas empresas. Aliás, 84 por cento declararam esperar que a mudança digital conduza a margens de lucro mais elevadas.

“Uma explicação possível para a atitude otimista dos CEOs relativamente à mudança digital é a compreensão de que esta conduz a inovações de produto que interessam aos clientes”, afirma Raskino. “Perguntámos que proporção dos produtos e serviços entendidos pelo consumidores como valiosos são digitais, no seu ponto de vista. Tendo em consideração as funcionalidades que os clientes escolhem e que estão a comprar, os CEOs estimam que a percentagem está já numa média de 30 por cento e que irá crescer para 46 por cento em 2019".

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