Com os olhos postos no crescimento sustentável, a Gartner defende que os CIO e os executivos da área das IT devem aproveitar os investimentos digitais que culminem em resultados financeiros e de desempenho de uma forma eficiente e responsável.
De acordo com os analistas da Gartner, os CIO devem concentrar-se em três estratégias para utilizar as IT para o crescimento sustentável: a revolução do trabalho, o investimento responsável e a cibersegurança resiliente.
A revolução do trabalho
A Gartner identificou três forças multiplicadoras em que os CIO se devem focar para ajudar a sua empresa a ser um empregador de eleição:
- Atrito no trabalho: O atrito surge quando o trabalho é desnecessariamente árduo. Isto é: o desempenho e retenção de funcionários está ligado aos pontos de atrito que existem numa organização;
- Investir no aumento da inteligência artificial: O foco das empresas deve estar no impacto da sustentabilidade. A utilização de inteligência artificial por parte dos trabalhadores poderá ajudá-los a alargar o seu alcance e as capacidades pretendidas;
- Não ter medo do início do Hype Cycle: A tecnologia é o novo foco da cultura corporativa, com realidades como o intraverso – um escritório virtual que incorpora tecnologias do metaverso – que agrega os trabalhadores em encontros para se conectarem, colaborarem e inovarem. Desta forma, as organizações que estejam dispostas a usar tecnologias, mesmo que ainda estejam no início do Hype Cycle, vão atrair talento.
Investimento responsável
O investimento responsável incorpora não só o crescimento sustentável, mas também o retorno financeiro que é capaz de gerar. Para isso, existem três forças que ‘trabalham’ em prol deste retorno:
- Intelligent connected infrastructure (ICI): A ICI combina inteligência artificial, IoT, cloud, analytics e edge computing para partilhar dados e informação. Pode ser responsável pelo aumento do crescimento das cidades e dos negócios, uma vez que ‘dá voz’ à infraestrutura;
- Leverage autonomous sourcing: É uma força multiplicadora porque aumenta a eficiência e melhora a sustentabilidade, com recurso a inteligência artificial e NLP para permitir a oferta de uma gama mais vasta de fornecedores;
- Reduzir o uso de energia: A “base load” detém a informação sobre a quantidade de energia que a empresa consumiu. Ao instalar um EMOS – sistema de energia e otimização – consegue reduzir o consumo de energia ao tomar decisões com base em dados reais. A IA e a ML, quando combinadas, podem reduzir os custos de energia e conseguir ganhar dinheiro com a venda de energia.
Cibersegurança resiliente
De acordo com Paul Proctor, Distinguished VP Analyst at Gartner, que apresenta dados de um inquérito da consultora, as organizações precisam de começar a olhar para a cibersegurança sustentável como um risco que “precisa de novos tipos de investimento”.
A longo termo, a Gartner identificou três forças com vantagens competitivas para as organizações:
- Gerir a superfície de ataque: Ao usar a gestão de superfície de ataque externo, as empresas conseguem descobrir os ativos vulneráveis;
- Proteger os resultados e os clientes: Ao identificarem quais são as suas maiores dependências tecnológicas, as organizações conseguem priorizar os seus resultados mais importantes. Desta forma, as empresas conseguem perceber quais os sistemas que contribuem para o crescimento sustentável;
- Usar métricas orientadas para os resultados e para os níveis de proteção: Os protection-level agreements permitem que as organizações decidam sobre o seu nível de segurança e o quanto querem gastar nesta questão. A Gartner defende que as empresas devem tentar apurar dados ao nível da proteção e da obtenção de resultados e não investir na implementação de ferramentas.
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