Novo inquérito da Gartner revela que a inteligência artificial generativa é a solução número 1 de IA implementada nas organizações
De acordo com o inquérito conduzido pela Gartner no último trimestre de 2023, 29% dos 644 inquiridos de organizações dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido dizem que já implementaram e usam IA generativa, fazendo com que esta seja a solução mais implementada em termos de inteligência artificial. Esta foi a solução mais comum no conjunto de outras como técnicas gráficas, sistemas baseados em regras, processamento de linguagem natural e outros tipos de machine learning. O inquérito revelou que a utilização da IA generativa incorporada em aplicações já existentes, como é caso do Copilot da Microsoft 365 ou o Adobe Firefly, é a principal forma de uso de inteligência artificial generativa com 34% dos inquiridos a afirmarem que é a sua principal forma de utilização de IA generativa. Esta opção revelou-se a mais comum entre outras, como a personalização de IA generativa através da engenharia de prompts (25%), treinar ou afinar modelos personalizados (21%) ou utilizar ferramentas de inteligência artificial generativa independente, como é o caso do ChatGPT ou o Gemini (19%). “A IA generativa está a atuar como um catalisador para a expansão da IA nas empresas”, afirma Leinar Ramos, Sr Director Analyst na Gartner. “Isto cria uma janela de oportunidade para os líderes em IA, mas também é um teste para saber se são capazes de capitalizar este momento e fornecer valor em grande escala.” O principal obstáculo para a adoção de IA, como reportado por 49% dos participantes, é a dificuldade em estimar e demonstrar o valor dos projetos de IA. Esta questão supera outras barreiras, como escassez de talento, dificuldades técnicas, problemas relacionados com dados, falta e alinhamento empresarial e confiança nas IA. “As organizações que estão a ter dificuldades para obter valor comercial a partir de IA podem aprender com as organizações de IA maduras”, disse Ramos. “Estas organizações que estão a aplicar a IA de forma mais abrangente em diferentes unidades de negócio e processos, implementando muitos mais casos de uso que permanecem por mais tempo em produção.” O inquérito descobriu que 9% das organizações são maduras em IA e constatou ainda que o que diferencia essas organizações é o foco em quatro capacidades fundamentais: um modelo operacional de IA escalável; um foco na engenharia de IA; um investimento em capacitação e gestão de mudanças em toda a organização; e um foco em gestão de confiança, riscos e segurança para mitigar os riscos provenientes das implementações de IA e o impulso de melhores resultados de negócios. A concentração nestas capacidades fundamentais pode ajudar as organizações a amadurecerem e a aliviarem o desafio atual de usar projetos de IA para produção. O inquérito descobriu que, em média, apenas 48% dos projetos de IA chegam à produção e levam 8 meses para passar do protótipo de IA para produção. |